O ex-jogador Daniel Alves devolveu à família de Neymar o valor de 150 mil euros (aproximadamente R$ 817 mil), que havia sido emprestado meses atrás. O empréstimo foi utilizado como parte da defesa de Alves, que foi condenado a quatro anos e meio de prisão por um caso de estupro ocorrido em uma boate de Barcelona, no final de 2022.
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O pedido de empréstimo foi feito devido ao bloqueio dos bens de Daniel Alves no Brasil, resultante de um processo judicial movido por sua ex-esposa. A defesa do jogador utilizou o valor para tentar atenuar sua pena por meio da “reparação de dano”, uma estratégia jurídica que, em alguns casos, pode reduzir a sentença em até 50%. No entanto, o impacto dessa ação sobre a duração da pena de Alves ainda depende da decisão final do tribunal.
A devolução do valor ocorreu no início de 2024, encerrando qualquer vínculo financeiro entre Daniel Alves e a família de Neymar. A relação entre os dois jogadores sempre foi próxima, mas, segundo a advogada de Alves, o empréstimo havia sido puramente para ajudar nas despesas jurídicas do ex-jogador, que enfrentava dificuldades financeiras devido ao bloqueio de seus ativos.
Condições da liberdade provisória de Daniel Alves
Em março de 2024, Daniel Alves foi colocado em liberdade provisória pela Justiça de Barcelona, sob uma série de condições rigorosas. Ele teve de entregar seus passaportes, apresentar-se semanalmente no tribunal e pagar uma fiança no valor de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). Essas medidas foram impostas para garantir que o ex-jogador não fugisse enquanto aguarda o desfecho do processo.
Relembre o caso
A acusação contra Daniel Alves alega que ele cometeu um ato de agressão sexual durante uma festa realizada na boate Sutton, em Barcelona, em 31 de dezembro de 2022. A vítima afirma que o jogador a agrediu, a trancou em um banheiro e a estuprou. Após comunicar o incidente aos proprietários da boate, ela foi encaminhada para um hospital especializado em casos de agressão sexual. O registro da denúncia ocorreu dois dias após o evento.
Desde o primeiro relato, Daniel Alves alterou sua versão da noite em várias ocasiões. Em seu depoimento inicial à Justiça, o jogador alegou ter encontrado a denunciante no banheiro da boate, negando qualquer envolvimento com ela. Uma terceira narrativa foi apresentada pela defesa do jogador em fevereiro de 2023, indicando que ele teve uma relação de sexo oral consensual com a mulher.
Em abril de 2023, durante um novo depoimento oficial, Daniel Alves admitiu ter tido uma relação sexual consensual, incluindo penetração. Durante o julgamento, a defesa argumentou que o jogador estava embriagado, sugerindo uma "ausência de consciência" de seus atos como atenuante à pena.
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