Neste domingo (21), a Rússia anunciou o envio de aviões de combate para interceptar dois bombardeiros estratégicos B-52H da Força Aérea dos Estados Unidos, que se aproximavam de sua fronteira no Mar de Barents, no Ártico. De acordo com o Ministério da Defesa russo, os caças foram despachados para identificar e afastar os "alvos aéreos" que estavam perto da fronteira estatal da Federação Russa.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que, ao se aproximarem dos bombardeiros americanos, os caças russos conseguiram fazer com que os B-52H mudassem de rota, afastando-se da fronteira russa. "Quando os caças russos se aproximaram, os bombardeiros estratégicos dos EUA corrigiram o seu curso de voo, afastando-se e depois desviando-se da fronteira estatal russa", afirmou o ministério.
O envio de aviões de combate para interceptar bombardeiros americanos é mais um episódio na crescente tensão entre os dois países. Os EUA realizam regularmente voos sobre águas internacionais, operações que afirmam ser conduzidas em espaço aéreo neutro e conforme o direito internacional. No entanto, a Rússia tem respondido de forma cada vez mais agressiva a essas manobras. Em junho deste ano, Moscou alertou que os voos de drones americanos sobre o Mar Negro poderiam levar a um confronto militar "direto".
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A recente interceptação ocorre em meio a declarações acirradas entre as nações. No dia 11 de julho, o Kremlin criticou o plano dos Estados Unidos de instalar mísseis de longo alcance na Alemanha, alegando que isso levaria a um confronto ao estilo da Guerra Fria entre a Rússia e o Ocidente. Dmitry Peskov, porta-voz da presidência russa, afirmou: "Estamos dando passos firmes em direção à Guerra Fria. Todos os atributos da Guerra Fria com uma confrontação direta estão retornando".
Os países da aliança militar liderada pelos Estados Unidos têm reforçado suas defesas na Europa desde a ofensiva russa contra a Ucrânia, iniciada em 2022. A Casa Branca anunciou que, a partir de 2026, novos mísseis serão implantados na Alemanha para fins de dissuasão, ampliando o alcance dos atuais mísseis instalados na Europa. Em resposta, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu a decisão como "necessária, importante e no momento certo", apesar do temor de uma nova corrida armamentista.
A interceptação dos bombardeiros americanos pelos caças russos no Ártico é um reflexo da crescente rivalidade e tensão militar entre os Estados Unidos e a Rússia. As ações e reações de ambos os lados indicam um cenário de potencial escalada de conflitos, relembrando os tempos da Guerra Fria e reforçando a importância de diálogo e diplomacia para evitar confrontos diretos.
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