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Após novo corte de verbas, UFPI diz que situação financeira é a 'mais grave da história'

Após o governo federal anunciar um novo corte de R$ 1,68 bilhão no orçamento do Ministério da Educação (MEC), sendo R$ 220 milhões das universidades e institutos federais, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que o novo bloqueio no orçamento torna "torna insustentável a situação financeira da Instituição, a mais grave vivenciada na história da Universidade".


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De acordo com a instituição de ensino superior, o novo bloqueio retira da UFPI mais de R$ 5,2 milhões do orçamento que restava para os empenhos do encerramento do exercício do ano letivo de 2022, que precisam ocorrer até a data limite de 9 de dezembro. "Em função da burocracia dos trâmites, mesmo que os valores do orçamento sejam desbloqueados, a UFPI terá pouquíssimo tempo para realizar os empenhos", comunicou  a instituição em nota.

Foto: Divulgação/UFPI

A UFPI iniciou a execução orçamentária de 2022 com um orçamento de custeio de pouco mais de R$100 milhões e, em junho, após bloqueios anteriores, o valor foi reduzido para menos de R$ 95 milhões. A redução no orçamento, no meio do ano, obrigou a UFPI a redefinir seu planejamento orçamentário, para se adequar à nova realidade. A situação tornou-se mais grave a partir da elevação das despesas após início das atividades presenciais, que ocorreu no dia 20 de junho.

"Para se ter uma ideia da elevação dos custos mensais, os pagamentos de gêneros alimentícios para os restaurantes universitários passaram de aproximadamente R$ 57 mil, em 2021, para quase R$ 4,4 milhões, este ano, contabilizando só até agosto. Em relação à energia elétrica, a conta até maio ficou na faixa de R$ 600 mil reais e no mês de agosto já ultrapassou a marca de R$ 1 milhão", afirmou a instituição.

Ainda de acordo com a universidade, a elevação de despesas de custeio da UFPI projetava um cenário bastante preocupante para o próximo ano, sobretudo depois da publicação da PLOA 2023, no final de agosto, que é de apenas R$ 93,8 milhões - valor insuficiente para cobrir as despesas projetadas para 2023..