O Tribunal de Justiça do Piauí lançou na manhã desta quarta (11) o sistema de inteligência artificial JuLIA, um acrônimo para justiça auxiliada pela inteligência artificial. Desenvolvido pelo próprio laboratório de Inovação, OpalaLab, do TJ, o sistema atuará para otimizar as rotinas e automatizar as tarefas, com a análise de grandes volumes de dados. O desafio do órgão novo sistema será elevar a produtividade do TJ. Segundo técnicos do tribunal, somente nos dez meses de 2023, 247 mil processos foram distribuídos entre primeiro e segundo grau do judiciário. A cada 98 segundos um processo é distribuído.
Dentre as principais tarefas o novo sistema fará a intimação automática após julgamento no PJe; informar, via WhatsApp, aos responsáveis pelos processos em cada setor quais estão na iminência de serem baixados; análise das petições iniciais (valor da causa, bens do processo, análise de pensão); consulta pública processual e consulta de informações diversas (telefones, diário, história, biografia, balcão virtual, endereços) via WhatsApp.
O desembargador José Wilson Araújo, coordenador do OpalaLab, revelou que o novo sistema, mesmo em fase experimental, apresenta alto índice de resolutividade.
“A JuLIA tem essa missão de nos auxiliar, enquanto magistrados e servidores, a dar vazão a essa pletora de processos que nós temos distribuídos diariamente. Enquanto os escritórios de advocacia estão utilizando a inteligência artificial para a distribuição de petições, nós também estamos utilizando a inteligência para dar vazão a este processo. A JuLIA está em fase experimental mas já com índices fabulosos de sucesso, com 95% de acerto, e naquilo que não há um acerto é por que houve um erro humano que precedeu a um erro do sistema.
Para o presidente do TJ, desembargador Hilo de Almeida Sousa, a JuLIA será importante na busca por novas premiações junto ao CNJ.