O deputado federal Júlio César Lima cobrou mais espaço para o PSD na base governista visando a próxima eleição geral de 2026. Apesar da antecedência de três anos para o pleito, o parlamentar apontou que a fidelidade ao grupo político de Rafael Fonteles credenciaria a legenda a disputar um cargo majoritário. A sigla esteve fora da chapa majoritária em 2022 que teve duas vagas para o PT, a de governador e de senador, e uma para o MDB na cadeira de vice.
A composição comandada por Rafael Fonteles cedeu ao PSD a vaga de primeiro suplente de Wellington Dias no senado, fato que acabou se tornando a cadeira titular com a ida de Dias para o Ministério do Desenvolvimento Social. Jussara Lima, esposa de Júlio César, assumiu o posto logo no início do governo Lula e permanece na cadeira.
O deputado piauiense deixou claro a sua insatisfação e reivindicou o posto.
Em 2026 duas vagas serão disputadas para o senado. As cadeiras ocupadas hoje por Marcelo Castro (MDB) e Ciro Nogueira (Progressistas) serão disputadas. Nos bastidores a especulação é que Fonteles poderia reivindicar uma vaga, indicando um nome da sua base. Com a renovação do espaço de Castro restaria ao PSD a indicação da vaga de vice-governador.
Júlio César avaliou também o cenário da eleição municipal de Teresina em 2024 e defendeu o nome do deputado Marcos Aurélio (PSD) para o pleito.
“Em política nada é radical, mas o nosso desejo é ter candidatura própria e o nome que tem manifestado o desejo de ser candidato é o Marcos Aurélio. Ele foi muito bem votado em Teresina para o cargo de deputado federal, embora ele não esteja bem avaliado ele tem grandes perspectivas pela competência”, concluiu.
Impasse com os ruralistas na Câmara
O deputado, que também é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí (Faepi), comentou a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou o marco temporal para reconhecimento de terras indígenas. O posicionamento da suprema corte desagradou a bancada ruralista que Júlio César é um dos líderes.
Júlio César confirmou que lutará pelos direitos dos empresários da agricultura.
“O setor rural e agropecuário é o que mais cresce no Brasil e também que tem o maior saldo da balança comercial brasileira. O saldo do setor do agronegócio as vezes é maior que o total da balança em favor do governo. Vamos continuar trabalhando para fortalecer o setor”, afirmou.