O meteorito que clareou o céu do Piauí e transformou por alguns segundos a noite em dia tem instigado a curiosidade de quem vive aqui. É movido pela busca do conhecimento que um grupo de estudiosos se organiza para uma expedição com o objetivo de saber mais sobre o fenômeno físico. A ideia é percorrer a região onde o meteoro caiu para buscar fragmentos da rocha espacial e poder estuda-la mais a fundo.
O meteorito tinha aproximadamente o tamanho de um Fusca e entrou na atmosfera terrestre a cerca de 70 Km. Quando atingiu 30 Km, ele se desintegrou na região de Picos, mais ao Sul do Piauí. É por lá que a expedição deve se concentrar. Quem dá mais detalhes é o físico e professor Edwar Montenegro, estudioso do assunto.
“A gente está montando uma expedição para ir buscar um vestígio, um rastro de meteorito no solo. Vai ser um trabalho de campo. Temos a esperança de encontrar pedacinhos pequenos de meteorito, porque eles têm um grande valor educacional e científico. Devem servir para aumentar o conhecimento científico sobre esta região do Piauí. Queremos também deixar estes pedaços de rocha espacial à disposição de escolas e universidades que queiram fazer uso”, explicou o professor.
Testando equipamentos, Edwar encontrou um possível fragmento de meteoro praticamente no quintal da própria casa. São três pedras que foram coletadas por ele e que, agora, passarão por uma observação mais criteriosa. O professor explica que este pedacinho de meteorito não tem relação com o fenômeno registrado no Piauí no sábado (13), mas que serve de parâmetro para estudar os demais pedaços de rocha espacial que porventura forem localizados.
“Fizemos a análise preliminar com um microscópio óptico, com um ímã e passamos ele por um detector de metal. Vimos que tem propriedades magnéticas e o peso dele é um pouco maiorzinho do que o das rochas de mesmo tamanho. Tem a cor, que parece que foi queimado, que é algo característico do meteorito. Porém para determinar se é um meteorito mesmo, tem que ser feita uma análise mais criteriosa em laboratório para determinar a composição química exata”, finaliza o professor.
Fenômeno pode acontecer novamente em julho
Quando os fragmentos de rocha espacial e gelo entram na atmosfera terrestre, eles se desintegram e criam raios luminosos no céu, conhecidos como meteoros ou estrelas cadentes. Ao longo deste mês de julho, mais fenômenos como este podem acontecer no céu piauiense. Essa “chuva de estrelas cadentes” se chama Delta Aquáridas e recebe este nome porque podem ser observados nas proximidades da Constelação de Aquarius.
O físico Edwar Montenegro explica que os fenômenos podem ser vistos por volta da meia-noite até o amanhecer. Para tanto, basta localizar no céu a Constelação Aquarius por meio de um aplicativo para celular. O fenômeno deve ocorrer novamente nos dias 29 e 30 de julho. Para observá-lo melhor é recomendado procurar um local com pouca luminosidade.
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