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Grupo é suspeito de vender respostas de provas de vestibular de Medicina por R$ 2 mil no Piauí

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (16) mira um grupo criminoso acusado de fraudar vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares. De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos no esquema resolviam as provas para candidatos pelo custo de R$ 2 mil. Durante a análise dos materiais apreendidos foram identificados 63 investigados e provas fraudadas em quatro estados, incluindo Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.

Divulgação/PF
Grupo é suspeito de vender respostas de provas de vestibular de Medicina por R$ 2 mil no Piauí

A investigação é desdobramento das fases anteriores da Operação Passe Livre (deflagrada em fevereiro) que desvendou fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023. Segundo a PF, a fraude consistia em burlar o sistema de segurança das provas de vestibulares online de várias faculdades de medicina, permitindo, por exemplo, que terceiros tivessem acesso às questões das provas.

Em outros casos, um dos investigados realizava as provas no lugar dos beneficiários da fraude. Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões da prova.

As investigações conseguiram levantar comprovantes de transferências bancárias de pagamentos relativos à compra da resolução das questões das provas. Os valores pagos pela realização das fraudes eram divididos entre os responsáveis por resolver ilicitamente as questões das provas.

Até o presente momento, mais de 30 pessoas estão sendo investigadas por realizar as provas no lugar de terceiros ou fornecer as respostas para inserção nos sistemas. “O caso chama a atenção pela expertise e facilidade encontrada pelos criminosos em burlar os sistemas de segurança das provas online de vestibulares de medicina de várias faculdades”, informou a PF em nota.

Diante da repercussão nacional e da necessidade de repressão uniforme, foi exarada autorização do Ministro da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal investigasse o fato criminoso.

Se confirmada a hipótese criminal, os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao longo da investigação.

O nome “Passe Livre” faz alusão à facilidade para a concretização da fraude.


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