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No Piauí, quase 3 mil pessoas morreram em acidentes em rodovias federais nos últimos 15 anos

Acidentes de trânsito em rodovias federais, no Piauí, provocaram a morte de 2.893 motoristas nos últimos 15 anos, segundo levantamento realizado pelo Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários entre 2007 e 2022. Das principais causas de óbitos listadas, a que mais ocasionou vítimas fatais foram as colisões entre veículos, com 1.815. O número representa aproximadamente 62% do total de mortes. 

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Colisão entre veículos é uma das principais causas de mortes no trânsito

O atropelamento é o segundo tipo de acidente que mais causou mortes nas rodovias do Estado. Foram 458 vítimas fatais entre 2007 e 2022. Nesse período, foram registrados mais de 3.630 atropelamentos. No entanto, ao observar o painel, é possível perceber que acidentes como esse vem diminuindo nos últimos 15 anos. 

Reprodução/CNT
Número de atropelamentos nos últimos 15 anos vem diminuindo

Entre as outras principais causas de óbitos no trânsito estão o capotamento, com 257 mortes e a saída de pista, com 250. Ao todo, o Estado registrou mais de 18 mil acidentes de diversos tipos entre 2007 e 2022. Embora o número de acidentes venha reduzindo desde 2016, o número de vítimas (feridas ou não) tem apresentado crescimento. 

Em seis anos, número de hospitalizações por acidentes em trânsito cresceu 13% em Teresina

De 2017 a 2022, o número de hospitalizações por acidentes de trânsito cresceu cerca de 13% na cidade de Teresina. Em julho deste ano, a demanda bateu recorde, com 956 pessoas hospitalizadas após acidentes na capital, uma média de 31 atendimentos por dia. 

De acordo com dados do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), cerca de 87% das vítimas atendidas se envolveram em acidentes com motociclistas. Dentre os outros acidentes atendidos pelo HUT estão o atropelamento de pedestres, com 86 vítimas e ocupantes de automóveis, com 40 vítimas.

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Mais de 80% dos acidentes de trânsito em julho envolveram motocicletas

Sobre o assunto, o diretor técnico do HUT, Ítalo Costa, comenta que boa parte dos acidentes implicam em internações e cirurgias ortopédicas ou da face. “As vítimas, principalmente as que se envolvem com acidentes com motos, precisam de cuidados posteriores, além da assistência imediata. Isso tem um impacto significativo, como a ocupação de leitos, além da principal preocupação que são as sequelas físicas que ficam por causa dos traumas sofridos com o acidente”, destacou.