As sete barragens da região centro-norte do Piauí e duas do Sul do Estado que são monitoradas pelo Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) operam com o volume máximo de água devido à intensidade das chuvas registradas nos últimos meses. A maioria delas já está “sangrando”, como a Barragem dos Corredores, em Campo Maior, que chegou a cota máxima nessa quarta-feira (17/03).
O grande volume d’água nos reservatórios, porém, não deve ser motivo de apreensão nas famílias que residem entorno desses locais, segundo o diretor de engenharia do IDEPI, Antônio Marcos Silva. O órgão garante que todas as barragens são operadas com segurança e não apresentam riscos.
“Esse é um fenômeno natural. Quando as barragens recebem volume intenso de água dos rios, elas atingem a cota máxima e o excedente é dispensado. As barragens são seguras, são monitoradas pelo IDEPI e não há perigo. Nos últimos três anos isso tem sido natural nas barragens da região Norte”, disse Antônio Marcos.
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Operam com volume máximo as barragens: Corredores e Emparedado (Campo Maior), São Vicente (São Miguel do Tapuio), Piracuruca (Piracuruca), Bezerro (José de Freitas), Mesa de Pedra (Valença) e Salinas (São Francisco do Piauí), Estreito (Padre Marcos) e Pedra Redonda (Conceição do Canindé).
“Atingir a cota máxima não é sinal de perigo para esses locais, mas que essas regiões irão passar pelo período de estiagem com os reservatórios cheios para evitar os problemas para os agricultores. É um fenômeno natural que deve ser festejado”, afirma.
Barragens no Sul
Por outro lado, o IDEPI constata que cinco barragens localizadas no Sul do Piauí sofrem com a estiagem que perdura na região. O exemplo é a Barragem de Salgadinho, localizada no município de Simões, que secou e provocou desabastecimento de quase metade da população.
“As regiões do Piauí vivem momentos diferente com relação as chuvas. Enquanto na região centro-norte as barragens estão com volume máximo, no Sul, a maioria está com volume abaixo devido a estiagem”, resumiu Antônio Marcos.