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Piauí já registrou mais de 400 acidentes com animais peçonhentos em 2023

Com a chegada do período chuvoso no Piauí, os riscos de acidentes com animais peçonhentos aumentam. O acúmulo de lixo, a proliferação de insetos, e água em seus abrigos, forçam a locomoção desses animais. Por conta disso, é preciso ficar alerta em casa. Em 2023, a Coordenadoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já contabilizou um total de 466 ocorrências em todo o estado, sendo 236 relacionadas a escorpiões, 38 com aranhas e 51 envolvendo serpentes.


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“Geralmente os acidentes envolvendo animais peçonhentos ocorrem durante o ano todo, mas ficam mais evidente nesse período das chuvas por conta da maior proliferação de acúmulo de outros insetos que servem de alimento para esses animais, como o escorpião, por exemplo”, explica Francisco Moraes, técnico da Coordenadoria de Vigilância Ambiental.

Foto: Reprodução/Pixabay

Em 2022, dos 6.161 acidentes com animais peçonhentos registrados em todos os municípios piauienses, 4.226 foram de pessoas picadas por escorpiões e 273 por aranhas. Além do tempo frio, o especialista explica que descarte de lixo e entulho próximo a áreas residenciais é outro fator para a proliferação desses animais. 

“O lixo propicia a criação de insetos que atraem escorpiões e aranhas para as casas. É importante sempre manter os arredores das residências limpo de resto de construções, tocos de árvores e de mato, porque tudo isso propicia não só os animais peçonhentos, mas moscas e mosquitos que podem transmitir outras doenças”, pontuou Moraes.

A orientação do especialista é que a população sempre evite manipular qualquer tipo de animal peçonhento. Em caso de picada, deve-se procurar com urgência uma unidade de saúde para ser iniciado o tratamento com o antídoto ou soro que corresponda à espécie, principalmente se a pessoa já estiver apresentando algum sintoma. 

“Chamamos a atenção da população para o perigo do escorpião, principalmente em crianças e idosos. Às vezes os sintomas são leves, mas para esses dois públicos, a situação pode se agravar pois geralmente leva a um quadro de taquicardia e a pessoa pode até morrer por conta da reação ao veneno que é injetado”, enfatizou o técnico. 

Outra instrução que pode auxiliar nos casos de acidentes com animais peçonhentos é a identificação da espécie. Para facilitar o diagnóstico mais preciso para a aplicação do soro ou antídoto mais adequado, recomenda-se que, se possível, a vítima leve uma fotografia do animal responsável pela picada.