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PIB do Piauí dobrou em 20 anos; agropecuária e setor energético se destacam no crescimento

O Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí praticamente dobrou nos últimos 20 anos, os dados foram apresentados na manhã desta sexta (17) pela Secretaria Estadual de Planejamento e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na série histórica de 2002 a 2021 o Piauí apresentou o quarto maior crescimento real acumulado do PIB no país, um total de 98,3%, uma média anual de 3,6% de aumento. Já no PIB per capita o Piauí registrou o segundo maior crescimento do Brasil, saindo de R$ 2.440,70 em 2002 para R$ 19.465,69 em 2021.

Em 2021 o estado registrou um PIB de R$ 64 bilhões e uma variação em volume de 6,2% em comparação ao ano de 2020. O dados apontam que o Piauí cresceu acima da média nacional em 2021 quando o Brasil registrou uma evolução de 4,8% do PIB. Em relação ao PIB per capita o Piauí atingiu R$ 19.466, comparado a 2020, quando o estado registrou R$ 17.185 de PIB per capita, houve um avanço de R$ 2.281, uma variação de 13,3%. Os dados completos podem ser acessados pelo link.

Reprodução
Soja produção agrícola plantação agronegócio

O secretário de planejamento do Piauí, Washington Bonfim, avaliou positivamente a evolução.

“O dado mais importante que vai ser apresentado hoje é que nos últimos 20 anos, de 2002 até 2021, praticamente dobramos o PIB estadual. Esse é o maior crescimento da região nas últimas duas décadas e no PIB per capta alcançamos o segundo lugar em termos nacionais. Isso mostra que o Piauí vem crescendo”, disse o gestor.

Washington BonfimSecretário de Planejamento
Jailson Soares/O Dia
Secretário de planejamento do Piauí, Washington Bonfim

O gerente de planejamento do IBGE no Piauí, José Tavares Da Silva Neto, revelou os principais motores do crescimento da economia estadual.

“O resultado do PIB do Piauí mantém a dinâmica de crescimento acima do verificado na média nacional. Observando a média histórica de 2002 para cá a gente verifica essa evolução. A agropecuária vem contribuindo muito para esse crescimento além das energias renováveis, eólica e solar. Para se ter uma ideia a pecuária cresceu mais de 400% em PIB. Quanto a energias renováveis é o maior crescimento do país, mais de 800% de 2002 a 2021”, afirmou.

Jailson Soares/O Dia
José Tavares Da Silva Neto, gerente de planejamento do IBGE no Piauí

O setor da agropecuária piauiense apresentou um valor adicionado bruto (VAB) de R$ 7,82 bilhões e foi o que mais se destacou em 2021 com um crescimento de 13,6% em sua participação neste ano. Já a Indústria piauiense apresentou um crescimento de 10,7% com destaque para o aumento das extração de minerais não metálicos, recuperação da construção civil e crescimento da produção de energia elétrica de matrizes renováveis.

Já no setor de serviços, apesar de um crescimento de 5,7% houve uma queda na participação global do PIB. Em 2021 o setor representou 72,1% em 2020 a participação foi 74,8%. Contribuíram para a queda os setores de administração, defesa, educação e saúde pública (-3,4%), serviços domésticos (-0,6%), atividades financeiras de seguros (-0,6%) atividades imobiliárias (-0,4%) dentre outros.

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Energia eólica

Impacto do Hidrogênio Verde

Washington Bonfim explicou ainda o impacto que o hidrogênio verde poderá ter nos próximos anos na economia piauiense.

“Ainda temos o desafio da distribuição de renda, o desafio do emprego, mas as últimas duas décadas indicaram setores mais dinâmicos como a agropecuária, a soja, o milho e também o setor de energias renováveis que tem dito um destaque nos últimos anos. O governador não tem medidos os esforços para que isso continue acontecendo com o lançamento do Pró-Piauí 10. No ano que vem se acrescenta os investimentos do PAC e ano que vem teremos os investimentos com o Hidrogênio Verde”, afirmou.

Próximo passo é reduzir desigualdades

Mesmo com o cenário de crescimento bem estruturado no âmbito estadual, Bonfim explicou que o próximo passo importante será reduzir a desigualdade social no estado, para ele uma estratégia que passa pelo governo federal.

“Não é um desafio exclusivamente do governo estadual, uma vez que a política econômica é feita pela união. A gente teve o impacto importante da queda da inflação que tem um efeito no ambiente econômico. O governador tem indicado a necessidade da verticalização da economia, aumentando as indústrias no agro diversificando a produção. E também com investimentos nas macrorregiões do estado, isso reduz as desigualdades” , concluiu