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Menina de 11 anos está grávida pela segunda vez após ser vítima de estupro

Uma menina de 11 anos, moradora da zona Rural de Teresina, está grávida pela segunda vez após ter sido vítima de estupro. Segundo Conselho Tutelar, a criança foi estuprada pela primeira vez com 10 anos de idade por um primo. Deste estupro, ela teve um bebê, que hoje está com 11 meses. Agora, a menina foi novamente vítima de violência sexual e está grávida de 10 semanas. O suspeito de ter cometido o crime é um ex-presidiário cuja identidade não foi revelada.


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De acordo com a conselheira tutelar Renata Bezerra, ao estranhar o comportamento da filha, o pai da vítima procurou o Conselho Tutelar, que encaminhou a criança ao Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, onde a gravidez foi confirmada. O suspeito de ter cometido o crime não foi mais encontrado na localidade onde a menina mora atualmente com o pai.

Foto: Philippe Gomes/Secom/AP

“Ela fala que fugia da casa da mãe para ir para a casa desse rapaz, só que esse rapaz é ex-presidiário e não se encontra mais nesse local. Ela é uma criança e foi novamente estuprada. Essa informação que a mãe dela deu, de que teria sido um tio que estuprou, não procede. O tio dela nem está em Teresina. Ele é irmão do pai dela”, afirma a conselheira.

A legislação brasileira permite que uma gestação seja interrompida em casos de estupro, risco de vida para a pessoa gestante e fetos anencéfalos. Contudo, segundo a conselheira tutelar, apesar do pai da menina autorizar que a filha faça o aborto, a mãe não concorda com o procedimento. A menina está grávida de 10 semanas.

“Ela diz que aborto é crime. A mãe quer que a filha tenha o filho para fazer o exame de DNA para descobrir quem é o pai. A menina é calada. Na maternidade ela disse que queria fazer o aborto, mas com a mãe dizendo que era crime, ela mudou de ideia. Ela não tem noção do que quer, até porque ela foi mãe ainda criança, a parte infantil dela foi roubada. Atualmente, a menina é quem cuida do bebê de 11 meses, só que ela já teve a infância roubada e agora vai também ter a adolescência roubada”, destaca Renata Bezerra.

Atualmente, a menina de 11 anos e o bebê moram em uma casa com o pai e a avó paterna. Sem condições de criar as crianças, o pai da vítima, que é pedreiro, sobrevive de doações. Além da menina, ele tem outros dois filhos que moram com a ex-companheira.

“A família é extremamente vulnerável. A situação é bastante precária. O pai autoriza o aborto porque ele já sustenta essa outra criança e não é fácil. Ele tem outros dois filhos que estão com a mãe e que é ele que sustenta também”, conta.

A reportagem do Portalodia.com não conseguiu localizar a família da vítima para comentar o caso. Com a denúncia, o Conselho Tutelar irá instaurar uma notícia de fato e encaminhar à Vara da Criança e da Juventude. O caso deverá ser investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).