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Câmara aprova por unanimidade empréstimo de R$ 500 milhões para Prefeitura de Teresina

A Câmara Municipal de Teresina aprovou, na manhã desta terça (28), por unanimidade, a  autorização para que a Prefeitura de Teresina contrate R$ 500 milhões em empréstimo junto ao Banco do Brasil. O projeto de Lei 131/2022 destina a verba milionária ao “Programa cidade integrada com o povo”, que na teoria fará investimentos em áreas como infraestrutura, saneamento, drenagem, dentre outras, porém o PL não apresenta o cronograma das obras que serão realizadas,  gerando críticas da oposição.

Na prática, o empréstimo servirá para a retomada de obras paradas durante a gestão de Dr. Pessoa, iniciadas ainda na administração do ex-prefeito Firmino Filho, algumas delas já tinham recursos assegurados através de convênios internacionais e que foram perdidos pela falta de evolução na execução. O crédito de R$ 500 milhões corresponde a mais de 12% do orçamento anual da capital e eleva o índice de endividamento de Teresina.

Em defesa do empréstimo milionário, o líder interino de governo, Antônio José Lira (Republicanos), alegou dificuldades enfrentadas pela crise econômica. “O dinheiro será para algumas obras que faltam a conclusão, dentre elas a avenida Ulisses Marques, a própria avenida da ponte da Água Mineral. Algumas obras tinham o projeto e não tinham o recurso, a Prefeitura de Teresina tem arrecadação para fazer o dever de casa, agora para fazer investimento está difícil não só para Teresina, mas para todas as capitais. Essa verba será importante para concluir essas obras”, afirmou o vereador.  

FOTO: Assis Fernandes/ODIA

Já a oposição criticou a forma açodada como foi discutido o projeto. O PL foi aprovado em regime de urgência, em duas sessões relâmpagos nesta terça (28). A matéria sequer passou pelas comissões técnicas. O parecer de constitucionalidade e legalidade do empréstimo foi aprovado no próprio plenário do legislativo municipal.

Mesmo votando a favor do projeto, os vereadores de oposição votaram contra o regime de urgência. Os parlamentares criticaram a falta de esclarecimento sobre quais obras serão desenvolvidas, como explica Ismael Silva (PSD). “As informações que nós tivemos são informações com relação as áreas de aplicação, porém não detalha as obras que serão feitas. Estamos recebendo essas informações de forma verbal, por isso criticamos o regime de urgência aprovado e defendemos uma discussão mais ampla sobre o projeto”, finalizou o parlamentar.