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Governo do Piauí estuda adoção de medidas mais restritivas para cinco regiões

O governador Wellington Dias (PT) admitiu que estuda junto ao Comitê de Operações Emergenciais (COE) a adoção de medidas mais severas de isolamento social para as macrorregiões das cidades de Piripiri, Floriano, Parnaíba, Bom Jesus e Teresina, onde têm se concentrado nos últimos dias as maiores taxas de transmissão e adoecimento da população pelo novo coronavírus. O governador, no entanto foi cauteloso ao falar em lockdown e disse que é preciso refletir bem para se chegar a uma medida dessas.


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A declaração foi dada durante reunião com a bancada federal piauiense na manhã desta segunda-feira (22). "Vamos ouvir o Comitê Emergencial para que possamos ver que medidas têm maior eficiência. Quando falamos em lockdown, falamos de ninguém sair de casa e eu quero refletir bem para chegar numa medida dessas. Acredito que o cumprimento da regra provou que não houve transmissão em patamar elevado. Agora, se eu tenho regiões infectadas em contato com outras não infectadas, isso é um problema e alguma medida vamos ter que tomar", afirmou Wellington Dias.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

O governador mencionou especificamente a situação das cidades de Parnaíba, Piripiri, Teresina, Floriano e Bom Jesus, que vêm assistindo a uma alta nas internações por covid-19 e um aumento na transmissibilidade do vírus. Aqui em Teresina, pelo menos 50% das internações são de pacientes vindos do interior, segundo divulgou a Fundação Municipal de Saúde (FMS).

"Lá atrás, a gente nunca chegou a um patamar tão alto. Crescemos 50% as internações em 15 dias. Tivemos antes um efeito do Natal e Ano Novo e agora, o efeito do Carnaval e pré-Carnaval. Mas há algo mais estranho: temos uma situação em que as pessoas estão ficando mais tempo doentes e hospitalizadas do que antes e isso acarreta numa maior ocupação de leitos", pontuou Wellington Dias. Ele lembra que mesmo diante da relativa redução nos casos de óbitos por covid-19 no Piauí, esses números ainda não refletiram na rede de saúde.

"Estamos conversando com os prefeitos e demais gestores sobre a necessidade de adotar medidas, especialmente nas regiões onde a situação é mais grave para que tenhamos uma forma de barrar o avanço do vírus e esperamos que as pessoas colaborem", finalizou Dias