A vice-governadora Regina Sousa (PT) disse que o Governo do Estado precisa fazer uma minuciosa revisão dos seus gastos, incluindo a folha de pagamento e as despesas de custeio, como contas de energia e de água de prédios onde funcionam órgãos públicos estaduais.
Ela pondera que aumentar a arrecadação não é suficiente para aliviar as contas do estado, sendo, portanto, imprescindível realizar cortes na máquina pública.
"Economistas de direita, de esquerda e de centro, todos dizem que os ajustes acontecem pela despesa. Ninguém consegue ajuste pela receita, nem no Brasil nem em lugar nenhum. Claro que as receitas vão continuar crescendo, mas não o bastante. Então, vale tudo [para poupar], até a economia de palito. Vamos ter que rever todos os ralos que existem. Por exemplo: contas de luz. Vamos ver se tudo o que o governo paga de energia é realmente do governo. Às vezes, o prédio é do governo mas funciona um órgão que não é do estado", exemplifica a vice-governadora.
A vice-governadora Regina Sousa (Foto: Assis Fernandes / O DIA)
O governador Wellington Dias (PT) já declarou em várias ocasiões que Regina terá um papel essencial em seu governo, mas não confirmou se ela ocupará uma secretaria.
A vice-governadora também defendeu que o Governo do Estado e as prefeituras reforcem as inciativas voltadas para o acompanhamento das mulheres grávidas no estado, com vistas a reduzir o número de mortes de gestantes.
"A mortalidade materna é um indicador que puxa o IDH pra baixo. E quem é que está mais perto da gestante? É a prefeitura. As prefeituras têm o programa Saúde da Família. É preciso cadastrar essas gestantes, saber quem está com gravidez de risco, quem é adolescente grávida. É preciso prevenir, para ver quais partos precisam ser feitos em Teresina e quais podem ser feitos na cidade onde a mulher vive. A mortalidade infantil caiu bastante, mas a mortalidade materna ainda é alta. É muito simples os prefeitos realizarem esse cadastro", sugere Regina.
Sobre a eleição da mesa diretora da Assembleia, Regina diz que o governador Wellington Dias ainda acredita que é possível haver um consenso da base em torno de uma só candidatura.
"O governador continuará conversando com um lado e com o outro para ver se chega num acordo. Ele não quer ver a base dividida", afirmou Regina Sousa.
Governador solicita autorização da Assembleia para viajar a Israel por duas semanas
Regina Sousa assumirá o comando do Governo do Estado entre os dias 16 e 29 de janeiro, quando o governador Wellington Dias fará uma viagem particular a Israel, acompanhado pela família.
Segundo a Coordenadoria de Comunicação (CCom) do Governo do Estado, o governador não terá qualquer compromisso oficial durante a viagem, que será apenas de lazer.
Na última quinta-feira (10), Wellington enviou à Assembleia um ofício solicitando autorização para a viagem.
A Constituição do Estado do Piauí estabelece, em seu artigo 99, parágrafo 1º, que "o governador não pode ausentar-se do estado por mais de quinze dias consecutivos, nem do país, por qualquer prazo, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa, sob pena de perda do mandato".