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Servidores ameaçam realizar greve geral por causa de reforma

Representantes de diversas categorias do funcionalismo público estadual estiveram na Assembleia Legislativa nessa quinta-feira (5) para protestar contra as mensagens que tratam sobre a Reforma da Previdência estadual, enviadas ao legislativo no início da semana. Os servidores cobram, prioritariamente, a retirada do regime de urgência na tramitação da matéria.


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O encontro, realizado na sala da presidência da Alepi, foi marcado por momentos de tensão entre as categorias e o líder do governo, Francisco Limma (PT). Sem acordo, os servidores anunciaram uma mobilização conjunta, que pode culminar em uma greve geral a partir da próxima segunda-feira, quando o projeto pode começar a ser discutido, caso não haja a retirada do regime de urgência.

“O governo federal passou nove meses para gestar a previdência a nível nacional, e o estado do Piauí quer gestar uma previdência em uma semana. É uma afronta ao servidor. Se não quiserem discutir de forma democrática e amigável, nós vamos parar o estado”, disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Kleiton Holanda.


"Se não quiserem discutir de forma democrática e amigável, nós vamos parar o estado”, disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Kleiton Holanda - Foto: Assis Fernandes/O Dia

A demanda dos servidores estaduais ganhou apoio dos parlamentares que fazem parte da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, que também cobram a retirada do regime de urgência na tramitação das mensagens que tratam sobre a previdência do estado. “Esse é um ponto que a gente não abre mão, tirar o regime de urgência e votar somente no próximo ano”, afirmou a deputada Teresa Britto (PV), vice-líder da oposição na Assembleia.

Pressionado, o líder do governo, Francisco Limma (PT) justificou os motivos que levaram ao pedido de regime e urgência e disse que vai buscar um canal de diálogo com as categorias, antes da votação do texto final das matérias. “Estou fazendo a sugestão que eles formalizem a proposta concreta deles, e, a partir daí a gente decide qual o encaminhamento que vamos dar. [...] A gente tem um déficit previdenciário de quase R$ 1 bilhão. Se o governo não cuidar para reduzir esse déficit, podemos correr o risco de comprometer até salários”, pontuou.

Após reunião, os representantes das categorias protocolaram um documento em que solicitam que a discussão sobre as matérias que tratam das mudanças nas regras previdenciárias fique apenas para o próximo mês de fevereiro.