Vice-presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado de quarto mandato, chefe do Solidariedade no Piauí. Evaldo Gomes, como político articulado que demostra ser em quase duas décadas na política do piauiense, já tem estratégia definida para a eleição municipal em Teresina em 2024. Nessa entrevista para O DIA, ele revela que pretende expandir seu partido para metade dos municípios do interior e comenta os bastidores do encontro que teve recentemente com o ex-senador Elmano Férrer.
Foto: Jailson Soares/ODIA
O senhor foi eleito vice-presidente da Assembleia Legislativa para este biênio. Como tem encarado esse novo desafio?
Agradeço aos deputados que me confiaram essa missão e ao presidente Franzé Silva pela confiança e pela parceria. Temos contribuído com o presidente para colocar em prática aquilo que ele se comprometeu na campanha. Estamos trabalhando para reorganizar a casa, para dar um choque de gestão e as condições para dialogar com a população piauiense.
Toda mudança causa reação. Muitos deputados demonstram insatisfação nos bastidores com a mudança de comando da Alepi. Como o senhor observa isso?
Muita gente tem medo de mudanças. Toda mudança traz insegurança. Isso é natural. O deputado Franzé em nenhum momento está se propondo a uma caça as bruxas. O deputado Franzé quer continuar com aquilo de positivo das gestões do deputado Themístocles e mudar o que ele acha de grande importância. Agora mesmo foi anunciado um concurso público para a Assembleia com 400 vagas. Já os 3.500 comissionados que foram exonerados é para o recadastramento para sabermos quem é quem. Nenhum momento foi para prejudicar alguém.
Esse é seu quarto mandato como deputado estadual. O que fazer de diferente depois desse tempo no Legislativo?
Nossas bandeiras foram pautadas no transporte, educação e o direito das minorias. Para esse quarto mandato me sinto mais experiente, mais preparado para representar ainda mais o povo do Piauí nas pautas que temos em comum com o governador Rafael Fonteles, como a expansão das escolas de tempo integral para todos os municípios do Piauí. Isso nos motiva a trabalhar e continuar a defender aquilo que acreditamos.
A desoneração dos impostos para o transporte coletivo de Teresina era defendido pelo senhor já há algum tempo. Como recebeu as medidas anunciadas pelo governador Rafael Fonteles?
É um projeto que a gente idealizou ainda em 2012 e apresentemos o indicativo de lei em 2014. Coletamos mais de 20 mil assinaturas. Muita gente se engana quando pensa que a desoneração dos impostos beneficia os empresários. Pelo contrário, vai beneficiar a população mais carente, que é aquela que depende do transporte coletivo. A desoneração nada mais é que uma contribuição para que o sistema de transporte funcione. O Governo do Estado apresentou medidas importantes para colaborar com a Prefeitura de Teresina.
As eleições de 2024 já estão em pauta no meio político. Como deve ser o posicionamento do Solidariedade na capital?
Em Teresina, pertencemos a base administrativa e política do prefeito. Só não estaremos juntos se acontecer algo inesperado. O Solidariedade comanda a Fundação Cultural Monsenhor Chaves, damos apoio na Câmara Municipal através da vereadora Fernanda Gomes e é um caminho natural. Mas o processo eleitoral só se dará ano que vem. Estamos montando nossa estratégia para 2024 para voltar a ter uma bancada com três vereadores na Casa. Nosso objetivo é estar presente em pelo menos 100 municípios do interior do estado.
O senhor se reuniu recentemente como o ex-senador Elmano Férrer. Teve convite para ele se filiar ao Solidariedade?
O Elmano é um homem que tem um histórico. Foi vice-prefeito, prefeito, secretário de Planejamento, tem experiência como senador. É um líder cobiçado. Não foi só o Solidariedade que o convidou. Apresentamos um primeiro passo para que possamos dialogar neste ano para que ele tome a melhor decisão. Queremos que ele contribua nesse processo de crescimento do partido. Vou fazer um convite para ele para irmos a Brasília conversar com nosso líder maior Paulinho da Força.