O acordo firmado entre a Prefeitura de Teresina e os trabalhadores da limpeza urbana da capital foi homologado nesta quinta-feira (13) junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI) no sentido de pôr um fim à paralisação dos serviços de capina, varrição e coleta de lixo na cidade. O poder público municipal deverá repassar o montante de R$ 6.038.000 ao Consórcio Teresina Ambiental (CTA) até as 14h para que a empresa quite o salário de março de seus colaboradores e ponha em dia o tíquete alimentação de abril.
Com isso, os cerca de 2 mil trabalhadores da coleta de lixo de Teresina devem retornar ao serviço após quatro dias de paralisação. Segundo informou a Prefeitura de Teresina, a empresa Litucera, que opera o Consórcio Teresina Ambiental, se comprometeu em pagar os trabalhadores assim que o repasse do valor for feito.
Foto: Jailson Soares/O Dia
Lixo acumulado nas calçadas e mau-cheiro
Há quatro dias sem serviço de coleta de lixo em Teresina, os moradores da capital passaram a conviver com o mau-cheiro decorrente dos resíduos acumulados nas calçadas e vias públicas. Em locais de aglomeração de gente como o Mercado do Mafuá, por exemplo, a lixeira que funciona no local chegou a transbordar. A lama que se formou na calçada junto com o chorume acabou afastando os clientes que precisam transitar pelo local. Com a procura reduzida, permissionários reclamam de queda nas vendas, e do risco de acidentes e de se contrair doenças.
Em bairros nas zonas Sul e Sudeste, moradores estão pagando carroceiros para coletarem seus lixos e fazer o descarte.
Em nota encaminhada ontem (12) à imprensa, a Prefeitura de Teresina havia informado que já tinha feito o repasse de R$ 48 milhões ao CTA para pagamento de funcionários, manutenção e abastecimento dos carros de lixo. A PMT disse que a empresa não havia ainda disponibilizados os veículos para retornarem às ruas e retomarem a coleta de lixo. A reportagem tentou contato com a Litucera, empresa que atua no Consórcio Teresina Ambiental, mas sem sucesso.