Com quatro partidos na base, DC, Avante, PRD e PL, o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) tem tido dor de cabeça na acomodação das siglas dentro da gestão e, consequentemente, na montagem das chapas de vereador. Assédios e queixas têm marcado a relação entre os líderes partidários.
O vereador Roberval Queiroz (União Brasil) verbalizou nessa semana a insatisfação com o que classificou de assédio entre os partidos da base. Para ele, o secretário de Governo, Michel Saldanha, não pode utilizar do cargo para a formação de um partido em específico – Saldanha é o responsável pela montagem do Avante.
“O delegado James Guerra juntamente com o secretário de Governo, que é uma pasta muito importante, não podem estar causando atrito ou intervindo dentro dos partidos. Só se ele não estiver pensando na reeleição do prefeito, na gestão e na união do grupo”, disse o parlamentar em tom elevado.
Roberval Queiroz é favorável de que Dr. Pessoa se envolva diretamente nas articulações para que haja entendimento entre as agremiações. Ele defendeu ainda que a base deve buscar nomes oposicionistas ao invés e criar disputa interna.
“O prefeito disse desde o início que não ia se meter na montagem, mas agora é preciso sim que ele se meta e possa dizer que aquilo que está montado não possa ser desmontado. Não fica bem ter atrito dentro do próprio grupo. Aqueles partidos que não montaram ainda busquem outros candidatos da oposição para somar para a eleição de 2024”, afirmou.
Por outro lado, a proximidade do pleito proporciona uma acomodação natural da base. Com as saídas de Jeová Alencar da SAAD Sul, a troca de comando da Strans e o pedido de exoneração de Nouga Cardoso da Secretaria de Educação, as siglas encontraram espaço. O vereador Leonardo Eulálio (PL), que atuou junto a direção nacional do PL para garantir o partido no Palácio da Cidade, quer assumir a SAAD Rural. Já o PRD, dos vereadores Bruno Vilarinho e Markim Costa, reivindicam a Semec, após o pedido de exoneração de Nouga Cardoso.