As campanhas de Silvio Mendes e Fábio Novo apostam cada vez mais na polarização entre ambos. Do pelotão de cima, eles não conseguem visualizar competitividade nos outros candidatos. A teoria do voto útil, que leva o eleitor a decidir entre os que estão na frente para evitar “perder o voto” também colabora com a tese que o avançar do calendário deve levar Silvio e Fabio Novo a duelarem, cada vez mais, sozinhos no palco principal da arena.
No entanto, a fragilidade política dos demais candidatos também aciona um perigo para os dois: a possibilidade de a eleição ser decidida logo no primeiro turno. Numa disputa muito acirrada, há risco de mesmo com uma diferença relativamente pequena de votos, não haver mais o segundo turno.
Com apenas dois nomes competitivos, é possível que a soma dos votos de todos os demais candidatos não seja significante. Um cenário parecido ocorreu na disputa pelo governo do Estado em 2022, quando Rafael Fonteles e Silvio Mendes protagonizaram o debate e a fragilidade dos demais nomes levou o pleito a ser decidido logo no primeiro turno.
Essa possibilidade faz com que os dois candidatos agilizem ainda mais a execução de suas principais estratégias. Fábio Novo aposta na força do apoio de Rafael Fonteles e Lula em Teresina, assim como no batalhão de pré-candidatos a vereadores para fazer seu nome ser amplificado e ganhar a simpatia do teresinense. Silvio Mendes aposta em reforçar sua experiência política, com passado de bom gestor, equilibrado e necessário para solucionar problemas da Capital.
Quem deve sofrer com isso, é a gestão do atual prefeito Dr. Pessoa. Porque sem segundo turno, é provável que tanto Fábio quanto Sílvio, para se apresentarem como salvador da pátria, queiram mirar nos problemas da atual gestão para apresentar propostas ao eleitorado.