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Médica Laysa Lira morre por suspeita de dengue dias após perder filho para a doença

Morreu nesta segunda-feira (20) a médica pediatra Laysa Geovanna Lira. A suspeita é de que a causa do óbito seja por dengue. A morte da médica ocorreu em menos de15 dias após o falecimento do filho dela, Rafael Lira Martins, a primeira morte registrada pela doença na capital. Ele tinha apenas cinco anos.

A informação da morte da médica pediatra foi confirmada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS). Confira a nota da Fundação no final da matéria.

Reprodução / Redes Sociais
Médica Laysa Lira

Laysa era casada com Ricardo Matias, médico urologista e pai de Rafael. O menino foi internado em um hospital particular no dia 7 de maio e morreu três horas depois do atendimento. Laysa estava internada em um hospital particular da capital em estado grave com suspeita de dengue hemorrágica. Por meio de nota, a FMS informou que vai investigar as causas da morte da médica.

Reprodução/Instagram.
Filho de Laysa, Rafael morreu após apresentar sintomas de dengue.

Laysa Lira era formada em Medicina pela Universidade Iguaçú-RJ. Concluiu Residência Medica no Hospital Santa Marcelina - SP, na área de Radioterapia e pós-graduação lato sensu de especialização em pediatria pela Faculdade Artur Thomas conjuntamente com o Instituto Nacional de Ensino, pós-Graduação e Extensão. A profissional trabalhou como medica pediátrica no Hospital de Clinicas Dr. Radames Nardini - SP.

Atualmente, era medica da DMI e era sócia da clínica San Paolo, no bairro Dirceu. Além disso, trabalhava no ambulatório pediátrico do Hospital Municipal Dirceu Mendes Arcoverde - Água Branca PI, e do hospital pediátrico do Parque Piauí. Laysa deixa um filho (Gabriel) e o marido Ricardo.

Confira a nota da FMS:

A Fundação Municipal de Saúde informa que está em investigação mais um caso suspeito de morte por dengue. As amostras do exame foram enviadas ao Lacen para análise. A Diretoria de Vigilância em Saúde monitora e acompanha todos os casos suspeitos da doença em Teresina e vai se pronunciar quando tiver o resultado do exame. A FMS lamenta o ocorrido, presta solidariedade aos familiares e amigos da vítima.

No Piauí, casos de dengue em 2024 já superam 2023

O número de casos de dengue no Piauí em 2024 é quase o dobro do registrado em 2023. É o que aponta o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ainda no final do mês de abril. Conforme os dados, os casos prováveis saltaram de 4.099, em 2023, para 7.815 este ano. A incidência de notificações também teve um crescimento de 90,7% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Além disso, o levantamento indica que o número de municípios com notificação da doença aumentou em 31%, chegando a 172 em 2024. Atualmente, 32 municípios enfrentam alta incidência de casos, sendo a região sul do estado a mais afetada. Bom Jesus lidera o número de casos prováveis, com 374 notificações.

Primeiros sintomas de dengue devem acender alerta

Para combater a doença, é necessário conhecer primeiros os sintomas e o que fazer em casos de suspeita de dengue. O diretor de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Teresina (FMS), e médico infectologista, Walfrido Salmito, cita os sintomas mais comuns da dengue e devem a ser um alerta: febre, dor no corpo, dor por trás dos olhos, fraqueza, falta de apetite e manchas no corpo.

“A recomendação para as pessoas que estão com febre e outros sintomas é que procure a unidade de saúde ou médico de sua confiança, pois em alguns casos poder haver o agravamento da doença. A grande maioria das pessoas fica boa espontaneamente, fazendo uso de hidratação e antitérmicos, mas o recomendado é procurar o serviço de saúde, que a pessoa faça os exames e tenha o acompanhamento dessa situação, pois, eventualmente, pode ter um caso mais grave, podendo evoluir para um desfecho desfavorável”, pontua o médico.

Assis Fernandes/O Dia
Primeiros sintomas de dengue não podem ser ignorados.

O infectologista destaca também que ao perceber os primeiros sintomas de dengue, deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios não hormonais, como o Diclofenaco, e uso de ácido acetilsalicílico, como a AS ou Aspirina, que pode provocar complicações em casos de dengue. Além disso, os pacientes devem estar hidratados, preferencialmente por via oral. Entretanto, se isso não for possível, devem buscar o serviço de saúde para administração da hidratação por via venosa. “A hidratação salva e melhora consideravelmente os sintomas”, reforça.


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