Imagens divulgadas nas redes sociais e com o cunho depreciativo estão preocupando membros de um grupo de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Timon, cidade maranhense vizinha a Teresina. Em relatos ao O Dia, o grupo afirma que populares estão associando o trabalho promovido por eles a realização de roubos, assaltos e até mesmo a associação criminosa disfarçada. A polícia vai investigar o caso.
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Ao todo, 32 jovens que fazem o trabalho de divulgação de um livro sobre cuidados com a saúde, ação essa promovida pelo Instituto Vida, ligado à Igreja Adventista do Maranhão. Entretanto, registros realizados por populares, segundo eles, estão prejudicando o trabalho do grupo evangélico, que, segundo eles, apontam os jovens como criminosos.
O coordenador do projeto, Rallysson Paiva, disse ao O Dia que os jovens da Igreja Adventista afirmam que estão recebendo ameaças de morte pelas informações falsas divulgadas nas redes sociais.
Ele destacou ainda que a maioria dos jovens são de origem humilde e que participam do projeto para que possam conseguir uma bolsa de estudos nas faculdades adventistas.
“Isso tem prejudicado muito o trabalho deles. São jovens que vieram de famílias simples e carentes e que tem o sonho de ingressar em uma das faculdades adventistas através de um programa que tenta promover mais qualidade de vida e saúde para as famílias, em parceria com o Instituto Vida”, frisa.
Werick Sousa, estudante e integrante do grupo, disse se sentir triste com as informações falsas e que isso está prejudicando seu sonho de cursar Enfermagem através do projeto social.
“Me mostraram minha foto, cheguei em casa, e minha amiga me disse que a foto estava rolando nas redes sociais. Eu me sinto prejudicado, porque eu saí da minha cidade não para fazer o mal e sim para levar saúde e qualidade de vida para as pessoas. Eu tenho o sonho de fazer Enfermagem e depois passar para neurocirurgia e também Medicina”, disse o estudante.
Diante do risco de vida aos jovens com a realização do projeto em meio as denúncias inverídicas, o grupo resolveu por procurar as autoridades policiais, por meio da Polícia Militar do Maranhão em Timon (11º BPM). O trabalho foi iniciado pelo grupo de jovens adventistas no mês de julho e segue até o dia 14 de agosto na cidade de Timon. A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) vai investigar o caso.
Divulgação de "fake news"
A difusão de informações falsas, ou "fake news", pode ser enquadrada em diversos crimes no Brasil, dependendo do contexto e das consequências das informações disseminadas. Um dos principais enquadramentos é a calúnia, difamação ou injúria, conforme previsto no Código Penal Brasileiro. A pena para calúnia é de seis meses a dois anos de detenção e multa; para difamação, é de três meses a um ano de detenção e multa; e para injúria, a pena é de um a seis meses de detenção ou multa.
Além disso, com a Lei nº 13.834/2019, que tipifica a divulgação de notícias falsas para fins eleitorais, quem propagar informações inverídicas com o objetivo de influenciar o processo eleitoral pode ser punido com dois a oito anos de reclusão e multa.
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