Motoristas e cobradores de ônibus do Consórcio Theresina – que opera na Zona Sudeste da Capital – decidiram paralisar as atividades na tarde desta sexta-feira (24). Os trabalhadores reivindicam o pagamento do auxílio alimentação no valor de R$ 170 – firmado em acordo mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 08 de fevereiro.
“Neste mesmo acordo, a prefeitura se comprometeu ainda em fazer o repasse de R$ 1,5 milhão para que as empresas pagassem os salários dos trabalhadores. Além disso, R$ 170 do auxílio alimentação e R$ 60 para a saúde. Apenas o Consórcio Theresina não pagou a alimentação e, por isso, os trabalhadores realizam a paralisação”, disse o presidente Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Teresina (Sintetro), Antônio Cardoso.
Foto: Arquivo/ODIA
O Consórcio Theresina possui cincos empresas e todas estão paradas nesta sexta-feira. São elas: Entracol, TransFácil, Transporte Teresina, Santa Cruz e Taguatur. A paralisação ocorre por tempo indeterminado.
“A gente aceita licitação de empresas sérias. Se for para ter empresas para vir sem pagar contrato, não iremos aceitar. Nós, do Sintetro, podemos fazer acordo individual para tentar resolver esta situação. A gestão municipal está sem compromisso em resolver o problema e só fica dando prazos e mais prazos e nunca uma solução definitiva”, completa Cardoso.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que “será irregular e abusiva, qualquer paralisação que alguns dirigentes sindicais possam vir a realizar nos terminais do sistema”. O Setut afirmou ainda que sindicalistas, por decisão pessoal, estão buscando “receber o auxílio saúde e auxílio do ticket alimentação, fora do período correto, uma vez que a Convenção Coletiva de Trabalho para 2023 ainda está em negociação pelos dois sindicatos e, com isso, as empresas não podem conceder benefícios ainda não negociados”.
O Setut declarou que o sistema do transporte público precisa do repasse financeiro por parte da prefeitura para operar na cidade e que está tomando as providências jurídicas necessárias para coibir ações de sindicalistas. Por fim, reforça que a paralisação irregular prejudica a soberania da cidade.