Duas mulheres, identificadas como Jéssica Maria Campos e Kaillany Raquel, foram presas pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) acusadas de aplicarem o ‘golpe do pix falso’ e causaram prejuízo de R$ 50 mil a lojas de Teresina e de Altos. Os mandados de prisão, expedidos pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, foram cumpridos nesta segunda (29) e terça-feira (30).
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Segundo o titular da DRCI, delegado Humberto Mácola, as suspeitas realizavam compras via delivery em estabelecimentos diversos e, na hora do pagamento, enviavam comprovantes falsos através de perfis fakes nas redes sociais. “Elas estavam sendo investigadas por estelionato e cometeram o crime contra várias lojas”, comenta o delegado.
As investigações apontaram ainda que as acusadas respondem a outros procedimentos policiais e judiciais também pelo crime de estelionato. Elas estavam cometendo os crimes há pelo menos um ano e meio.
O ‘golpe do pix falso’ é um dos mais comuns na era digital. Segundo a Associação de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP), golpes digitais crescem 35% em 2023, o que demonstra a importância de medidas de segurança mais concisas no mundo digital. O delegado Humberto Mácola alerta que os empresários devem atentar-se a esse tipo de crime e assim evitar prejuízos
“Fica a recomendação: para quem é dono de loja, é importante estabelecer um sistema de conferência de pagamentos. Muitas vezes, a conferência manual pode gerar prejuízos e acabar não comprovando se o valor caiu ou não em sua conta”, disse.
Golpes do Pix: como se proteger e o que fazer em caso de fraude
O Pix, sistema de pagamento instantâneo brasileiro, tornou-se rapidamente popular desde seu lançamento em novembro de 2020. Apesar de sua conveniência e segurança, golpes relacionados ao Pix, como o "golpe do Pix falso", têm afetado muitos comerciantes.
Os golpistas geralmente apresentam comprovantes de Pix falsificados, que podem ser identificados por meio de:
- Qualidade da imagem: Comprovantes falsificados podem ter baixa qualidade ou falta de nitidez.
- Despadronização: Fontes e logotipos podem estar desproporcionais ou incorretos.
- Informações Inconsistentes: Verifique a correspondência entre data, hora e detalhes do pagador.
- Extrato bancário: O método mais confiável é verificar se o valor realmente foi creditado na sua conta.
Um golpe similar é o do Pix agendado, onde o comprovante se refere a um pagamento futuro que pode ser cancelado. Sempre confirme no extrato bancário a efetivação do pagamento.
Se você cair em um golpe do Pix:
1. Reúna evidências: Guarde prints de conversas e histórico de transações.
2. Registre um boletim de ocorrência: Faça-o online ou presencialmente, detalhando o incidente.
3. Contate a instituição financeira: Informe o ocorrido para a instituição usada pelo golpista.
Para vendedores online, ferramentas como QR Code dinâmico oferecem mais segurança, onde cada transação gera um código único, minimizando riscos de fraude.