A Polícia Federal no Piauí (PF-PI) deflagrou nesta terça-feira (17) a Operação Escudo Eleitoral, que tem com o objetivo investigar a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições municipais de 2024. Dentre as ações, a PF fez buscas na instituição "Vamos Juntos", organização não governamental fundada pela vereadora eleita de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB).
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De acordo com as investigações, a operação teve início logo após a divulgação dos resultados das Eleições, quando surgiram indícios de estreito vínculo entre candidato eleito ao cargo de vereador na capital piauiense e possível liderança de facção criminosa. Em razão da gravidade dos fatos e celeridade na atuação da Polícia Federal e do 1º Juízo de Garantias do Núcleo I da Justiça Eleitoral no Piauí, estão sendo cumpridos quatro mandados judiciais de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados em Teresina.
A investigação apura indícios de crimes de lavagem de dinheiro vinculados à organização criminosa, com potencial de comprometer a integridade do processo democrático, sendo investigado o financiamento de campanha eleitoral através de recursos provenientes de organizações criminosas. Os materiais apreendidos serão analisados e subsidiarão a continuidade das investigações, que seguem sob sigilo judicial. O Portal O Dia entrou em contato com a assessoria da vereadora eleita, porém não obtivemos resposta até o momento. O espaço segue aberto para os esclarecimentos.
Casa da vereadora eleita já foi alvo de mandado de busca da Polícia Civil
Em novembro deste ano, o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) cumpriu mandado judicial nesta quinta (14) foi a casa da vereadora eleita em Teresina, Tatiana Medeiros (PSB). O alvo, no entanto, não era Tatiana, mas seu namorado, identificado como Alandilson Cardoso Passos, 33 anos. Ele era acusado de integrar a organização criminosa especializada no tráfico e em lavagem de dinheiro que está sendo desarticulada hoje.
De acordo com o delegado Jarbas Lima, titular do Denarc, Alandilson já tem antecedentes criminais. Ele foi preso em 2022 pelo antigo Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) suspeito de envolvimento em organização criminosa e tráfico de drogas. Ele estava em um bar no Parque de Exposições, portando um carro blindado, quando foi abordado pelos policiais.
Alandilson foi preso no mesmo dia na cidade de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, ele estava escondido em um hotel na capital mineira e já tinha uma passagem comprada em voo para São Paulo. As investigações da polícia apontam que ele mantinha intenso contato e relação financeira com integrantes de uma facção criminosa que atua na capital e que usava empresas de fachada para lavar dinheiro do tráfico. A justiça bloqueou mais de R$ 2 bilhões em bens da organização criminosa. Hoje, a polícia apreendeu 190 veículos e prendeu 14 pessoas.
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