Atualização às 17h13
Após o HUT publicar uma nota informando que o músico Carlos Henrique de Araújo Costa teria sido perfurado por um disparo de arma de fogo na cabeça, a Secretária de Segurança Pública veio a público informar que "não há dúvidas sobre a causa da morte do jovem". Segundo o órgão, o laudo do IML que aponta que o músico morreu por politraumatismo está correto.
"Ratificamos o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que aponta como causa o politraumatismo e lesões por ação contundente, provocados após colisão no veículo onde a vítima se encontrava, e não há evidência alguma de que ele foi alvejado por disparo de arma de fogo", disse por meio de nota.
A SPP informou ainda que o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Piauí já prestou todos os esclarecimentos à família da vítima, que teve acesso às imagens das câmeras de segurança do local do acidente. O inquérito policial deve ser finalizado em até 30 dias.
Matéria original
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) divulgou, nesta segunda-feira (3), informações sobre a morte do músico Carlos Henrique de Araújo Costa, de 24 anos, que veio a óbito na madrugada do dia 30 de maio após um acidente de trânsito que ocorreu durante uma perseguição entre policiais militares e criminosos.
Segundo nota do HUT, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestaram atendimento no local do acidente, informaram que Carlos havia sofrido uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça. A Fundação Municipal da Saúde (FMS) reitera a informação.
A nota informa que, após chegar ao HUT, a vítima foi imediatamente atendida pela equipe médica, que iniciou os procedimentos necessários para a estabilização do paciente. Foram solicitados exames de imagem, incluindo uma tomografia do crânio.
"Para a realização dos exames com segurança, é necessário que o paciente esteja em condição estável. Apesar dos esforços incansáveis da equipe médica, o paciente Carlos Henrique de Araújo Rocha veio a óbito antes de ser estabilizado", diz o HUT.
Laudo já havia apontado morte por politraumatismo
Após a morte do músico, o laudo da Polícia Técnica Científica, assinado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que não houve perfuração no corpo da vítima por arma de fogo.
O laudo indicou que Carlos morreu devido a politraumatismo causado pela forte colisão entre o veículo dos criminosos em fuga e o carro de aplicativo onde ele estava. A informação foi fornecida por Antônio Nunes, diretor do Departamento de Polícia Técnica Científica do Instituto de Medicina Legal.
Um ponto que chamou atenção na ocorrência foi que a falta de perícia não foi realizada imediatamente no local, que é o procedimento padrão após um acidente.
Entenda o caso
O músico Carlos Henrique de Araújo Costa morreu durante uma perseguição entre policiais militares e criminosos no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy com Dom Severino, zona Leste de Teresina. O incidente ocorreu por volta das 5h da última quinta-feira (30).
A vítima voltava do trabalho quando o acidente ocorreu. Carlos Henrique era passageiro em um carro de aplicativo e estava voltando para casa após uma apresentação. Ao passarem no cruzamento dessas duas vias, o veículo de aplicativo foi atingido violentamente por outro automóvel, que era dirigido por criminosos que estavam fugindo de uma viatura do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
O diretor do IML detalhou ainda que Carlos Henrique sofreu vários traumas pelo corpo, por conta da forte colisão. “(Ele) tinha lesão no pulmão, várias fraturas nas costelas, tinha trauma que lesionou o osso externo no tórax, sangramento intenso do lado direito, lesão fígado e baço. Carlos Henrique teve politraumatismo”, disse Antônio Nunes.
O suspeito de provocar o acidente que matou o músico foi preso em Tianguá no sábado (1º), Trata-se de
Josep Machado da Ponte Netto Júnior. Ele foi preso pela Polícia Militar do Ceará enquanto roubava um supermercado na cidade.
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Mãe da vítima se diz desolada
Alessandra Maria, mãe do músico Carlos Henrique de Araújo Costa, de 24 anos, que acabou morrendo durante uma perseguição entre policiais militares e criminosos, disse estar desolada após a perca do filho. Segundo ela, nenhuma palavra de conforto vai ajudar a superar a dor que está sentindo. As declarações foram dadas ao O Dia nesta quinta-feira (30).
“Só de dor. Muita dor. Não tenho palavras para explicar, porque eles tiraram a vida do meu filho e levaram um pedaço do meu coração junto. Eu não tenho que dizer. Palavra nenhuma vai confortar meu coração. Ele deixou uma família triste chorando hoje, uma esposa e é só Deus agora”, argumentou a mãe da vítima.
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