Teresina amanheceu esta segunda-feira (21) sem transporte coletivo por conta da greve dos motoristas e cobradores. Para tentar supri a demanda, a Strans (Superintendência de Transporte e Trânsito) cadastrou 250 veículos alternativos que deverão fazer o mesmo percurso das linhas de ônibus operadas pelas empresas do Setut.
No entanto, o que se observa é demora, indefinição e incerteza nas paradas. Os pontos de ônibus seguem lotados de pessoas à espera de uma condução. Por conta da demanda aumentada, os valores praticados pelos carros de aplicativo acaba subindo e o que seria uma viagem de apenas R$ 4,00 se torna até cinco vezes este valor.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
“Eu pago a passagem inteira, mas vou ter que chamar um carro para ir para o trabalho hoje e a corrida está dando R$ 24,00. Se for isso todo dia, não tem a menor condição”, disse a recepcionista Maria de Fátima Lima, moradora do bairro Ininga.
A Superintendência de Transportes de Teresina informou por meio de nota que cadastrou 250 veículos alternativos para circular enquanto durar a greve dos motoristas e cobradores de ônibus. No entanto, boa parte destes carros só começaram a rodar depois de 7h e a população que precisa chegar ao trabalho antes deste horário acabou ficando desassistida.
Greve não é ilegal, diz Sintetro
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário de Teresina (Sintetro) se manifestou nesta segunda-feira (21). O presidente da entidade, Antônio Cardoso, disse que a greve não é ilegal e que todos os órgãos envolvidos, inclusive o Tribunal Regional do Trabalho, foram devidamente comunicados sobre a situação.
Enquanto não houver acordo, ele afirma, não haverá ônibus em Teresina. Os motoristas e cobradores reivindicam reajuste salarial de 19,98% e o retorno de benefícios históricos conquistados pela categoria como plano de saúde e tíquete alimentação.