Dois casos suspeitos de febre maculosa estão sendo investigados em Teresina. A informação foi confirmada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e divulgada em boletim epidemiológico neste segunda-feira (19).
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Os pacientes investigados são do município de Caxias, no Maranhão, e teria recebido atendimento no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina. Eles foram medicados e liberados para fazer o tratamento em casa. As amostras coletadas dos pacientes foram encaminhadas para o LACEN de Minas Gerais, Fundação Ezequiel Dias, e o resultado deve ficar pronto em até 30 dias
Teresina não é uma área endêmica para FMB, porém, a vigilância permanece constante. O Piauí já descartou outros oito casos da doença que estavam sendo investigados.
Febre maculosa
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda causada por riquétsias transmitidas por carrapatos, de gravidade variável, que pode cursar com formas leves e atípicas, até formas graves com elevada taxa de letalidade. Sua transmissão se dá por carrapatos do gênero Amblyomma, conhecido como “carrapato estrela” ou “carrapato de cavalo”, quando este permanece aderido ao hospedeiro por quatro a seis horas. Não há transmissão de pessoa a pessoa e o período de incubação é de dois a 14 dias.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito deve ser prontamente comunicado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes pela via mais rápida (telefone, fax, email, etc).
A notificação deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Febre Maculosa.
Definição de caso
Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia, mialgia e história de picada de carrapatos e/ou ter frequentado área de transmissão de Febre Maculosa, nos últimos 15 dias; ou Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia e mialgia, seguida de exantema máculopapular e/ou manifestações hemorrágicas.
Período de incubação
Varia de 2 a 14 dias
Diagnóstico Laboratorial
Faz-se o diagnóstico de febre maculosa por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Deve-se coletar a primeira amostra de soro nos primeiros dias da doença (fase aguda) e a segunda amostra de 14 a 21 dias após a primeira coleta. As amostras deverão ser enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública.
Casos no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, durante o ano de 2023, até o dia 14 de junho, o estado de São Paulo registrou 12 casos, sendo que quatro evoluíram para cura, seis para óbitos e dois continuam em investigação.
No Brasil, este ano já foram confirmados 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em óbitos. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, e de maneira geral ocorrem de forma esporádica.