O julgamento de Pablo Henrique Campos Santos, acusado de assassinar Vanessa Carvalho e de tentar assassinar Anuxa Kelly Leite de Alencar em 2019, vem ocorrendo desde o início desta terça-feira (30). Durante seu depoimento, Pablo Santos afirmou que “estava fora de si” e admitiu ter problemas com bebida alcoólica. “Depois desse tempo preso, eu posso dizer que eu era viciada em álcool e bebia o que tinha”, disse.
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(Foto: Divulgação/TJPI)
Pablo Santos confirmou que a acusação é verdadeira. Entretanto, ele afirma não se recordar do momento exato do crime. “Eu estava fora de mim, e só me dei conta quando estava na Central de Flagrantes, sem saber porque eu estava preso ou o que tinha acontecido. Só tenho flashes dos momentos”, afirmou.
Em seu depoimento, o acusado informa que quando ele e Anuxa bebiam, era comum que os dois brigassem. “Nossa convivência era maravilhosa, a gente se amava, só que algumas vezes a gente passava dos limites na bebida e tínhamos algumas discussões”.
O réu conta ainda que, durante todo o relacionamento do casal nunca houve agressões físicas. “A gente se xingava, trocávamos palavras de baixo calão, mas nunca aconteceu agressão física", diz.
Além de Pablo Santos, sua mãe, Jaqueline Furtado Santos, e seu pai, Marcos Alves dos Santos, também foram ouvidos. Eles foram questionados sobre como ficaram sabendo do ocorrido. Durante os depoimentos, os pais do acusado também confirmaram que Pablo teria problemas com bebidas alcoólicas e que o mesmo ficava bastante alterado quando bebia.
Ex-companheira de Pablo Santos relata que ele sempre demonstrou ciúmes
Anuxa Kelly disse, durante seu depoimento, que Pablo sempre demonstrou ciúmes, desde o início do namoro. Eles namoraram por um ano e chegaram a morar juntos. “Ele não chegou a dizer que tinha ficado com ciúmes por ter dançado com o cantor,todo mundo dançou. A única vez que ele chegou perto de mim, foi quando eu estava sentada e ele bateu no meu ombro e disse: você vai me pagar".
Ao ser indagado sobre o assunto, Pablo afirmou que ele não era possessivo e que Anuxa sempre teve amigos e saia com eles. "Eu não era possessivo. Durante todo esse tempo, ela era um mulher de muitas amizades e mutias vezes ela falava que ia sair e tomar uma cerveja. Eu só perguntava o local e com quem ela ia", acrescentou.
O julgamento, que já dura mais de oito horas, segue em andamento e deve prosseguir por mais cinco horas.