A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Piauí (MPPI) analisará processos, procedimentos extrajudiciais e tomará depoimentos de integrantes das Promotorias em que atuou o promotor de justiça Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, investigado por extorsão. Verdejo foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura extorsão a empresários para arquivamento de processos.
O promotor atuou na 1ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus e atualmente estava à frente da 6º Promotoria de Picos. Nestas comarcas, o Ministério Público realizará correições, ou seja, vai apurar se foi cometida alguma irregularidade ou se há alguma deficiência nos serviços judiciais prestados enquanto Maurício Verdejo atuava. Estas correições devem acontecer nos dias 12 e 13 em Picos, e nos dias 15 e 16 em Bom Jesus.
No edital publicado nesta sexta-feira (09), o corregedor-geral do MPPI, Fernando Melo Ferro Gomes, nomeou dois promotores-corregedores para integrarem a comissão de correição.
Promotor teria exigido R$ 3 milhões para arquivar processo
Na última quarta-feira (07), a Polícia Federal do Piauí deflagrou a Operação Iscariotes para investigar extorsão por parte de servidores públicos contra empresários. A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Estadual do Piauí (MPPI) e cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de um promotor de Justiça que teria exigido R$ 3 milhões de um empresário para arquivar um processo de investigação em seu desfavor. O promotor em questão foi apontado como sendo Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, titular da Promotoria de Justiça de Picos. O empresário era Junno Pinheiro.
Verdejo foi afastado de suas funções pelo Ministério Público e proibido de acessar as dependências do órgão até que se conclua a investigação. Por se tratar de um membro do Judiciário, o promotor possui foro por prerrogativa de função e o processo se encontra em segredo de Justiça.