Envolvente e apaixonante, "As Virgens Suicidas", de Jeffrey Eugenides, prende-nos desde o início da narrativa, quando expõe o instinto suicida das Lisbon. Já acompanhamos toda a história, sabendo o final, o que não tira o brilho, pelo contrário, a deixa mais instigante e nos cativa com toda a simplicidade e a realidade nela contida.
A história fala de cinco irmãs que vivem nos Estados Unidos, na década de 1970, auge da liberação sexual, e optam por uma vida breve, uma a uma, antes mesmo de saírem do invólucro ao qual estão submetidas. Eugenides usa "virgens" exatamente por essa razão. A não experiência, a ausência de vida real e o excesso de proteção contra o mundo externo nos estimulam a adentrar nesse universo paralelo, não da família, mas das meninas Lisbon. A narrativa, feita por muitas vozes, vozes essas em busca de preencher o quebra-cabeças dos suicídios das adolescentes, faz com que o leitor também se sinta parte daquele grupo de narradores. A história é apresentada sob o ponto de vista de adolescentes que faziam, ou desejavam fazer, parte do cotidiano e do real-imaginário das garotas Lisbon. Um livro lindo que nos leva a questionar a adolescência e os conflitos vindos com ela sob um ângulo diferente, o de quem vivenciou a não vivência dessa fase de transformações e cobranças.
Tem vídeo-resenha dessa obra no Canal do Coletivo Leituras no YouTube, só clicar AQUI
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