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Ensaios sobre liberdade – A verdadeira mulher moderna

Autora: Priscila Chiavelli Pacheco – São Paulo/SP – Pesquisadora da Ciência Logosófica.

03/03/2019 06:27

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LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

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A verdadeira mulher moderna

Eu, que sou da geração dos anos 80, acompanhei grandes mudanças no papel da mulher na sociedade e na família. Cresci ouvindo sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres e sobre o quanto estas estavam se tornando cada vez mais independentes, transformando-se no que conhecemos por “mulher moderna”.

Quando me tornei jovem, buscava ser aquele modelo de “mulher moderna”, focando toda a minha energia na plena realização profissional, a fim de me tornar uma pessoa forte e de sucesso. Não me inquietava se iria me casar ou não. Havia um grande desejo de constituir uma família, mas eu não me preocupava em preparar para ser uma boa esposa ou mãe. O que eu sabia era que eu não queria lavar louça, porque mulheres modernas não faziam isso, e que, certamente, eu jamais saberia cozinhar, pois isso era coisa de “dona de casa”.

Ao mesmo tempo em que me baseava nessa concepção de mulher, eu via a geração de “mulheres modernas” modificando-se, sofrendo com o excesso de trabalho e com a falta de preparação para atuar com o desprendimento que exige a convivência a dois, sentindo-se sempre em dívida com os filhos e insatisfeitas no atendimento de suas necessidades espirituais. Na busca de combater essas insatisfações, não se mostram eficientes os spas e as mais diversas terapias e diversões pelas quais se pagam. Passei a me questionar se eu realmente queria isso.

Antes eu dizia para as pessoas que não sabia se casaria e teria filhos. Contudo, um novo conceito de mulher me foi apresentado. Inicialmente, encarei com certo preconceito essa nova concepção, pois ela falava em valores que eu não mais cultivava, que haviam sido transmitidos muito precariamente à minha geração. Contudo, internamente, eu sentia que os novos conhecimentos que ia adquirindo eram verdadeiros. Quando aplicados à minha vida, faziam o meu coração vibrar de alegria frente aos resultados obtidos e havia uma grande correspondência com o que eu buscava: equilíbrio nos aspectos mais proeminentes da vida.

Nisso percebi algo muito grande: meu pensamento estava aprisionado ao pensamento social de que a mulher deveria ser “moderna”. Era tão ínfima a liberdade de pensamento que eu tinha quanto a este assunto, que minhas palavras eram reproduções do que ouvia de outras mulheres, mas que, no fundo, não correspondiam ao que eu mais desejava, ou 

melhor, não sabia exatamente o que eu deveria buscar na minha vida e, em consequência, criava fugas como não ter o afã de casar, de ter filhos... — mas, se isso viesse a acontecer, seria ótimo!

Hoje vejo que não se trata de voltar a ser a mulher dos anos 20, 30, 40,... 90, mas de me tornar a mulher que eu quero ser. Isso é ter liberdade de pensar, é efetivamente refletir e ter conhecimento para ir descobrindo o meu papel, na minha vida e na dos demais, como mulher. E, para isso, vejo que preciso de um processo de superação inteligente, com o enriquecimento da minha consciência com novos conhecimentos, pois os que até então eu tinha não me satisfaziam mais. Muitos já se constituíam preconceitos ultrapassados.

Durante esse processo de autoconhecimento como mulher, identifiquei muitos aspectos de extrema importância, como o excesso de preocupação com a aparência, em detrimento de uma real atenção ao que devo desenvolver internamente para ser realmente “bela”. Também foi importante a identificação de características negativas que me eram tão constantes e atrapalhavam muito minha vida, como a indiscrição, além de outras que foram sendo substituídas por virtudes como a generosidade, a delicadeza, a afabilidade, a bondade, etc.

Hoje busco ser uma mulher diferente, e vejo que ser moderna mesmo é ser uma mulher com liberdade de pensamento, saber o que é certo para si, para a sua família, seu meio profissional, seus amigos, de acordo com a sua própria consciência. E isso não significa não viver plenamente cada um desses aspectos, mas, pelo contrário, alcançar a magnitude em todos eles.

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