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Liberdade: quantas escolhas você já fez até hoje?

Autora: Samira Nagem Lima – Belo Horizonte/MG – Pesquisadora da Ciência Logosófica.

10/03/2019 06:09

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LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

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Liberdade: quantas escolhas você já fez até hoje?

A juventude é uma fase da vida muito produtiva. Criam-se e encaminham-se algumas das mais importantes escolhas para o futuro. Em qual faculdade quero estudar? Para qual especialidade vou me dedicar? Devo seguir carreira acadêmica ou atuar no mercado de trabalho? Namorar? Já devo pensar em casamento? Já sei o que é o amor? Como constituir uma família? Todas essas indagações começaram na adolescência e imagino que, de algum modo, seguirão ao longo de toda a minha vida. Inevitavelmente participarão da construção do meu futuro.

O mundo em que vivemos é repleto de oportunidades de realização. Nele podemos escolher quais caminhos queremos seguir. Mas isso garante a minha liberdade individual?

Sempre acreditei que minha liberdade poderia ser suprimida por outros: pelo controle dos meus pais, na época da adolescência; pela violência nas ruas, que me prende em casa; pelo meu chefe, que não libera meus dias de folga. Enfim, nunca enxerguei que eu poderia atentar contra minha própria liberdade.

E posso? Como? Como eu poderia ser responsável por tirar minha própria liberdade?

Imaginem viver em um mundo como o nosso, cheio de oportunidades, mas estar condicionado a escolhas alheias. Pois bem, era nessa condição que eu vivia e que observo também ser a realidade de muitas outras pessoas. Para que servem tantas opções, se não sou eu quem faz as escolhas? Ter liberdade não é ter mil possibilidades, e sim ter a capacidade de escolhê-las independente dos outros.

Por muito tempo eu não conduzia minha própria vida e seguia crendo que sim. Fica fácil entender como isso pode acontecer. Vejamos: quantas vezes você já se viu prestes a tomar uma grande decisão e não o fez sem antes consultar alguém? — não necessariamente um especialista ou estudioso do assunto, e sim um amigo, um parente. Refletimos pouco sobre o que precisamos para realizar nossos objetivos. Não pensamos

sobre quais recursos já possuímos para tal empreitada e nem quais ainda precisamos adquirir. Comumente nos perguntamos: — Quem pode me ajudar? É quase sempre uma

pesquisa sobre o que a outra pessoa escolheria se estivesse em nosso lugar. A aprovação de outros nos dá uma falsa segurança de estarmos no caminho certo. A escolha pode  ou não ser um bom caminho no que diz respeito às consequências para a vida, mas não foi você mesmo quem escolheu. E nem é preciso perguntar ou consultar a opinião do outro para que essa interferência aconteça. Muitos não a fazem verbalmente, mas é certo que já tenham se visto escolhendo alguma coisa porque seu amigo o faria, ou seu pai assim o fez. Ou já acreditaram precisar urgentemente daquele celular com mil funções que seu colega de trabalho tem.

Muitas vezes acredito que sou eu quem está no comando, quando na verdade são pensamentos alheios tomando conta de tudo. Na minha realidade os pensamentos que mais encontravam espaço em minha mente eram os de insegurança e medo em relação ao meu futuro. Acabavam por causar o maior estrago: faziam-me correr da responsabilidade e condicioná-la a outros. Às vezes até decisões simples, de ordem física e prática, tornavam-se grandes dúvidas. Eu deixava o pensamento de temor frente ao futuro inibir meus atos. Acabava criando um mal para mim mesma.

É dentro da nossa própria mente que pensamentos como esse ditam nossas atuações. Como então tomar as rédeas da própria vida?

Isso só será viável se eu antes conhecer meu sistema mental. Tem sido um dos meus grandes desafios. É um exercício prático diário em que faço uso, entre outras, das minhas faculdades de pensar, refletir e observar. Os esforços, assim como toda a prática, são realizados com muita alegria. 

Agora, diante de uma decisão a ser tomada, procuro identificar quais pensamentos serão úteis e quais serão inúteis para tal realização. Tenho que me esforçar muito para conseguir combater aqueles que são mais recorrentes, antes de causarem algum estrago. É através do conhecimento que amplio minha consciência e assim também a possibilidade de ser livre. Livre e responsável para fazer minhas escolhas. Quantas forem necessárias para a construção sólida do meu futuro.

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