A direção da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) recebeu na manhã desta terça-feira (23) produtores que compõem a Associação Piauiense de Suinocultura (Apisui), com o intuito de discutir as ações de prevenção da peste suína clássica (PSC) adotados até o momento e, dessa forma, proteger o rebanho suídeo piauiense contra um possível foco da doença.
Durante a reunião algumas medidas foram acertadas entre a agência e a associação, entre elas a vigilância constante por ambas as partes para com as condições de manejo e trânsito do rebanho piauiense, o compromisso de se buscar a agência quando do surgimento de possíveis dúvidas sobre a sanidade suídea e a notificação de possíveis sintomas identificados nos rebanhos.
"Nós orientamos que os suínos não sejam alimentados com restos de alimentos, que os animais sempre transitem acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA), que se faça o controle da entrada de veículos e pessoas na propriedade, que mesmo nas propriedades de subsistência, não se deixe os animais soltos e ao adquirí-los o produtor sempre verifique a procedência e a sanidade, pois esse é um vírus de fácil disseminação", afirmou a Coordenadora do Programa de Sanidade dos Suídeos da Adapi, Thaís Santos. Também de igual importância é que o produtor informe sempre a situação de seu rebanho a Adapi, para que o órgão tenha o controle atualizado do rebanho suídeo piauiense, que atualmente possui uma média de 1.700.000 cabeças.
Em se tratando das características sintomáticas e particularidades da peste suína clássica, é importante ressaltar que o vírus da peste suína clássica não acomete humanos. Esta doença afeta somente os porcos domésticos e javalis, assim como o cruzamento entre estes, o javaporco. Além disso, caracteriza-se por causar alta mortalidade e os principais sinais clínicos são: febre alta, lesões hemorrágicas (manchas avermelhadas) na pele e extremidades (orelhas, membros, focinho e cauda), constipação intestinal seguida de diarreia, vômito, sinais nervosos, conjuntivite, falta de apetite e fraqueza e problemas reprodutivos (aborto, natimorto e repetição de cio).
Como a peste suína é transmitida:
- Contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue);
- Propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas;
- Utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais;
- Infecção transplacentária.
Em casos de suspeita e identificação de tais sintomas, a Adapi indica que se procure o escritório mais próximo da agência.