Embora ainda não seja oficialmente campeão brasileiro de 2016, apenas uma catástrofe inédita na história dos pontos corridos tiraria o troféu do Allianz Parque. Para conquistar o tÃtulo da Série A, após 22 anos, o Palmeiras precisa apenas de um empate nas duas últimas rodadas.
Mas enquanto o tÃtulo do Brasileirão não está absolutamente garantido, as Séries B, C e D já conheceram seus campeões. Atlético-GO, BOA Esporte e Volta Redonda conquistaram os respectivos troféus da segunda, terceira e quarta divisões. E alguns personagens importantes destes triunfos conversaram, com exclusividade, sobre as campanhas. Confira abaixo!
Série D: Voltaço, o primeiro campeão
Elenco vibra com taça inédita e 'levanta' o técnico Felipe Surian (Fotos: Lucas Figueiredo/CBF)A Série D foi o certame que apresentou ao Brasil o primeiro campeão nacional da temporada, e de forma inédita o Volta Redonda (do Rio de Janeiro) ficou com o troféu. Para levantar a taça, a equipe comandada pelo técnico Felipe Surian bateu o CSA, de Alagoas, com uma goleada de 4 a 0 na finalÃssima jogada dentro do estádio Raulino de Oliveira, na Cidade do Aço.
Feliz pelo que considera como o melhor ano da história do Volta Redonda, Surian – que acertou recentemente com o América de Natal – conseguiu superar a dificuldade de perder alguns nomes da boa campanha no Campeonato Carioca para montar uma equipe vencedora. O treinador queria fazer história pelo Voltaço, mas só foi acreditar mesmo no tÃtulo brasileiro após o confronto que garantiu o acesso para a terceira divisão.
“No jogo do acesso, contra o Fluminense de Feira de Santana, quando vencemos na Bahia e aqui no Rio, foi o momento que vi que poderÃamos chegar ao tÃtulo sim. Eu já tinha observado os outros adversários das semifinais. Eu via a qualidade, mas nada além da qualidade que poderÃamos enfrentar", afirmou em contato com a Goal Brasil.
No 'vai ou racha' contra a URT, o gol de João teve grande importância (Foto: aquivo pessoal)Só que o jogo mais emocionante e tenso veio antes, quando o campeonato já estava na fase de mata-mata: “de certa forma começou a pegar mesmo no primeiro mata-mata. Foi o momento crucial para a nossa equipe, quando a gente pegou a URT. A gente já conhecia a equipe deles, porque nos enfrentamos na primeira fase. Foi o momento de definição do nosso time, o ‘agora ou nuncaâ€, relembrou o meio-campista João, um dos destaques do Voltaço no tÃtulo. Foi dele o gol que, nos acréscimos, deu a vitória sobre a URT.
Para chegar à decisão, o Volta Redonda passou pelo Moto Clube e, após empate sem gols no primeiro jogo da final contra o CSA, goleou em casa. Dja Van, Marcos Júnior (2) e Deivid Batista fizeram os gols da equipe da Cidade do Aço, campeã invicta!
Série C: BOA-MG fica com tÃtulo após confronto emocionante
O paraguaio Braian Samudio abriu o placar na finalÃssima contra o tradicional Guarani (Foto: Divulgação/BOA)A disputa da terceira divisão foi cercada de muitas emoções, e a grande final colocou frente a frente o Guarani, campeão da primeira divisão em 1978 e que conquistou o acesso após enfrentamentos épicos contra o ASA de Arapiraca nas quartas de final, e o BOA-MG.
No final das contas, a equipe mineira, treinada por Ney da Matta, ficou com o tÃtulo. A partida de ida terminou com empate em 1 a 1 em Campinas, só que na volta os mineiros não tiveram piedade do alviverde treinado por Marcelo Chamusca. O placar final de 3 a 0 foi aberto por um paraguaio! Aos 10 minutos Braian Samudio estufou as redes do goleiro Leandro, e não poupou na comemoração.
“Naquela hora eu fiquei eufórico, eu queria muito fazer um gol, e consegui", disse o meia, que não teve dificuldades de adaptação ao futebol brasileiro.
Série B: Atlético-GO surpreende e, apesar de favoritismo do Vasco, garante tÃtulo
Na Série B que muitos apontavam favoritismo do Vasco, foi que Atlético-GO que terminou campeão (Foto: Divulgação/Atlético-GO)Mais popularizada entre a maioria dos fãs de futebol, a segunda divisão tinha um grande favorito ao tÃtulo. Quando o certame, disputado em pontos corridos nos mesmos moldes da Série A, começou todos apostavam em uma caminhada tranquila do Vasco.
Enquanto isso, o Atlético-GO veio pelas beiradas e foi campeão com duas rodadas de antecedência. Mas se a campanha na Série B terminou em final feliz, foi graças a uma boa administração geral, como relata, com exclusividade, o técnico Marcelo Cabo.
Marcelo Cabo revelou que ser campeão não era o objetivo primário do Dragão (Foto: Divulgação/Atlético-GO)“Quando eu cheguei, o Atlético vinha de uma eliminação no Campeonato Goiano, na semifinal, e estipulamos três metas: a primeira era manter o time a Série B, depois o acesso e depois o tÃtulo. A gente foi buscando meta a meta. Mas o principal objetivo da equipe era não correr nenhum risco, e pleitear o acesso, que era o grande objetivoâ€.
Aplicando um modelo de jogo que buscava manter o mesmo Ãmpeto dentro e fora de casa, o Dragão atuava em um 4-2-3-1: “Independente de jogar fora ou em casa, eu gosto da mesma proposta de jogo, que é marcar no campo de ataque, atacar como maior número de jogadores possÃveis e defender com o maior número de jogadores possÃvelâ€, explicou Cabo, que negocia a sua renovação com o rubro-negro, que no ano que vem retorna à elite do futebol após quatro anos.Â