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'Mannschaft' aparece no horizonte da seleção brasileira de futebol

Depois de superar a Colômbia nas quartas de final dos Jogos Rio-2016, a seleção brasileira de futebol encara com cautela a partida pelas semifinais diante da surpreendente Honduras, e já olha para a Alemanha, carrasca responsável pelo 7-1 no Mundial

14/08/2016 13:38

Jogadores da seleção brasileira de futebol cantam o hino antes de partida contra a Colômbia, nos Jogos Olímpicos do Rio, em São Paulo, no dia 13 de agosto de 2016

Depois de superar a Colômbia nas quartas de final dos Jogos Rio-2016, a seleção brasileira de futebol encara com cautela a partida pelas semifinais diante da surpreendente Honduras, e já olha para a Alemanha, carrasca responsável pelo 7-1 no Mundial 2014 e que aparece no horizonte.

"Honduras chegou por mérito. Ninguém entra nas semifinais de Jogos Olímpicos por acidente. Falamos que o futebol evoluiu, avançou e Honduras faz parte disso", afirmou o técnico da seleção brasileira, Rogério Micale.

A equipe de Honduras superou no Rio barreiras que pareciam intransponíveis, como Argentina, campeã em Atenas-2004 e Pequim-2008, com quem empatou por 1-1 no Grupo D no encerramento da primeira fase, e Coreia do Sul, nas quartas.

"Merece nosso respeito pelo que fizeram. Nosso pensamento é que vamos enfrentar uma equipe duríssima, que sabe jogar e sabe sofrer", disse o treinador, que também fez elogios para o técnico colombiano Jorge Luis Pinto.

Honduras mostrou caráter para enfrentar seus rivais com um esquema tático de 3-4-3, no qual Antony Lozano, seu homem mais experiente, Romell Quioto e Alberth Elis foram o motor ofensivo de um ataque que apresentou velocidade e precisão.

"Para Honduras a competição não terminou. É um orgulho estar entre as quatro melhores seleções do mundo" nos Jogos, disse Pinto, que definiu sua equipe como "um time vertical e atrevido no ataque", que sabe se defender.

Alemanha, a ameaça

Depois do bom futebol diante da Dinamarca, que serviu para lavar a alma após os decepcionantes 0-0 contra África do Sul e Iraque, o Brasil superou uma prova de fogo ante a Colômbia, uma partida que voltou a ter Neymar como protagonista de uma saga recheada de atritos e críticas.

Apesar do pouco futebol visto no sábado na fria noite em São Paulo, o Brasil e o camisa 10 cumpriram seu objetivo com muita personalidade: o astro do Barcelona marcou um gol de falta, que contou com a cumplicidade da barreira, e habilitou Luan para que ele marcasse o 2-0.

O Brasil precisava de seu líder e Neymar apareceu com sua magia diante dos dinamarqueses, e contra a Colômbia ofereceu uma versão de jogador experiente para lidar com a tensão, aproveitando os momentos certos para colocar a seleção a uma partida da final.

Mas os brasileiros não precisam passar apenas por Honduras. Do outro lado do quadro, Alemanha e Nigéria lutarão para chegar no sábado, dia 20, ao Maracanã, palco do tetracampeonato mundial da "Mannschaft", equipe que se tornou inimiga pública dos brasileiros depois de provocar sua maior humilhação no futebol.

O 7-1 das semifinais no Mundial-2014 provocou no Brasil um efeito dominó de fracassos na Copa América do Chile-2015 e na Centenário em junho deste ano, e de incerteza a caminho da Rússia-2018, uma sobrecarga para a seleção Sub-23 que, pressionada para conseguir o inédito ouro olímpico, tem que suportar o desastre alheio.

Mas primeiro precisam passar por Honduras, uma incômoda pedra no sapato.

Fonte: Esporte interativo
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