Em meio ao cenário de aproximação de alguns parlamentares do Progressistas à base política do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, o líder nacional do partido, Ciro Nogueira, anunciou na manhã deste domingo que criará uma espécie de “agenda central” do PP para definir pautas e prioridades da sigla na atuação junto ao congresso nacional.
A última polêmica envolvendo o PP, o PL e outra siglas de oposição ocorreu na votação da reforma tributária, uma ala da oposição, comandada por Bolsonaro, cobrava voto contrário à proposta apresentada pelo governo e aprovada pela Câmara. O Progressistas votou dividido no texto, dos 49 deputados da legenda 40 votaram a favor e nove contra a medida. O Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PE), teve papel crucial na articulação para aprovação do texto.
Após o resultado favorável a Lula, Ciro Nogueira negou que que irá aceitar membros do PP na base do presidente petista. Através das redes sociais, na manhã deste domingo, Nogueira revelou dos detalhes de como deverá ser essa “agenda central” do Progressistas.
“Comunico a todas as líderes e líderes do Progressistas que anunciaremos, em breve, o que chamaremos de Agenda Central. Será fruto de ampla discussão e participação interna e definirá o que seriam as nossas ‘cláusulas pétreas’, INEGOCIÁVEIS, a transcrição, de forma simples, dos princípios que TODOS somos obrigados a seguir no partido”, escreveu o senador.
O senador piauiense revelou também que qualquer projeto que vá contra os preceitos do partido será duramente atacado.
“A Agenda Central corresponde ao cerne dos princípios ideológicos dos Progressistas. Ela demonstrará, de maneira transparente, que todas as iniciativas que estiverem de acordo com as diretrizes estabelecidas merecerão boa acolhida. Do mesmo modo, qualquer ação que colida ou vá na contramão de nossa Agenda Central, com a mesma antecipada transparência, encontrará ferrenha oposição”, escreveu o ex-ministro
Ciro ainda concluiu destacando que o texto do documento será um divisor na atuação do PP em Brasília.
“Não fazemos política orientada a governos, mas em relação ao país e ao que acreditamos melhor para o Brasil. A Agenda Central é a linha divisória daquilo que defendemos e do que jamais apoiaremos”, finalizou Ciro Nogueira