O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), negou nesta segunda-feira (26) o uso de drogas e desafiou seu adversário Pablo Marçal (PRTB) a apresentar provas das acusações de que ele seria usuário de cocaína. Boulos também acusou Marçal de vínculos com pessoas ligadas ao crime organizado, mencionando conexões do PRTB.
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Boulos respondeu a uma pergunta da jornalista Raquel Landim, colunista do UOL, sobre o impacto das acusações em sua vida familiar. Ele relatou que uma de suas filhas chorou após ouvir comentários na escola relacionados ao suposto uso de drogas pelo pai. "Minha filha chega, chora, como que fica? Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega", disse Boulos, justificando sua reação durante um debate anterior, quando deu um tapa na carteira de trabalho que Marçal havia exibido como provocação.
Durante a entrevista ao Roda Viva, Boulos também criticou Marçal e o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), destacando as conexões dos adversários com o bolsonarismo. Segundo Boulos, ambos representam "duas faces da mesma moeda" por suas alianças políticas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também acusou Marçal de ter relações próximas com pessoas ligadas ao crime organizado, mencionando investigações recentes que apontam supostas conexões do PRTB com o tráfico de drogas.
Além das críticas, Boulos discutiu a necessidade de aproximação entre o campo progressista e os evangélicos, reconhecendo que a distância atual foi em parte criada por estereótipos e desinformação. Em um evento com líderes evangélicos na mesma data, ele se referiu a Marçal e Nunes como "falsos profetas", em um esforço para fortalecer sua posição entre eleitores desse segmento.
O embate entre Boulos e Marçal teve início no debate promovido pela TV Bandeirantes, em 8 de agosto, quando o influenciador começou a associar o adversário ao uso de drogas. Desde então, Marçal tem reiterado a acusação em suas redes sociais, prometendo revelar provas, mas sem apresentá-las até o momento. Em resposta, a Justiça Eleitoral decidiu que Marçal deve publicar direitos de resposta a Boulos, reconhecendo que as publicações ultrapassaram os limites da liberdade de expressão e do debate político.
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