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Chuva preta: parte do país deve registrar fenômeno nos próximos dias

Nos próximos dias, uma nova frente fria que está avançando para a Região Sul e Sudeste do Brasil, associada a grandes concentrações de fuligem na atmosfera, pode provocar o fenômeno conhecido como “chuva preta". O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que essa água poderá conter contaminantes, tornando-a inadequada para o consumo e prejudicial ao meio ambiente.

Reprodução
Fenômeno é potencializado pela combinação de uma frente fria vinda da Argentina e do Paraguai

A chuva preta ocorre quando partículas de fuligem, resultantes de queimadas e poluição, se misturam com a umidade atmosférica e são devolvidas à superfície na forma de chuva. Esse fenômeno é potencializado pela combinação de uma frente fria vinda da Argentina e do Paraguai com a poluição atmosférica. O resultado é uma precipitação que carrega sujeiras e contaminantes, afetando solo, rios e vegetação.

De acordo com o Inmet, o fenômeno deve atingir principalmente os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A previsão é que a chuva preta se estenda para o sul de Mato Grosso do Sul e áreas do Sudeste à medida que a frente fria se desloca. A intensificação das chuvas está prevista para começar já na noite de sábado (14) em Santa Catarina e, no domingo (15), atingir o Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Fenômeno deve atingir principalmente os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

Previsão do tempo

O Inmet prevê que, após a passagem da frente fria, a chuva começará a diminuir na Região Sul entre sábado e domingo. A frente fria deve avançar para São Paulo e outras áreas do Sudeste, com a expectativa de que, entre domingo e segunda-feira (16), a chuva se concentre no leste de São Paulo e no litoral paulista.

Enquanto isso, o miolo central do país, que inclui partes do Centro-Oeste e do Norte, continuará a experimentar um clima seco e quente. A região deve registrar temperaturas elevadas, chegando a até 41°C em algumas áreas, e baixos índices de umidade, abaixo de 15% em localidades como sul do Maranhão, Pará, Mato Grosso e Tocantins. O ar seco e quente deve persistir ao longo da semana.

O Inmet recomenda que a população das áreas afetadas tome precauções para evitar a exposição à chuva preta e a condições meteorológicas adversas.


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