O Ministério de Minas e Energia se reunirá na próxima terça-feira (15), para decidir sobre a adoção do horário de verão. O ministro Alexandre Silveira convocou uma reunião com a equipe técnica na sede do ministério em Brasília para discutir o assunto. A urgência da decisão levou Silveira a reduzir suas férias em uma semana, retornando ao trabalho na segunda-feira (14).
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A crise hídrica, considerada a pior dos últimos 73 anos, é um dos principais fatores que influenciam a decisão sobre o horário de verão. A medida pode ajudar a reduzir o consumo de energia elétrica nos horários de pico, aliviando a pressão sobre o sistema elétrico e contribuindo para a estabilidade do fornecimento de energia. "Os números indicam que a crise hídrica atual é grave. O Cemaden apurou que desde 1950, quando ele mede a questão pluviométrica no Brasil, nós vivemos a pior crise hídrica dos últimos 73 anos." afirmou Silveira.
Impacto na economia
O ministro destacou que a decisão sobre o horário de verão não é simples, pois envolve uma série de considerações, como os impactos na economia e na sociedade. "É uma política pública que não deve ser tratada como uma questão ideológica", disse Silveira.
O ministro ressaltou que o horário de verão é uma política pública aplicada mundialmente e que a decisão do governo brasileiro será tomada com base em dados técnicos e em uma análise cuidadosa dos seus impactos.
"O resumo da ópera é que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão", afirmou Silveira. A decisão, segundo o ministro, será tomada com base em dados técnicos e em uma análise cuidadosa dos impactos da medida em diversos setores da economia.
Eleições e planejamento
Silveira afirmou que, caso seja adotado, o horário de verão não vai impactar o segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 de outubro. "Se ele for decretado, não pega a eleição, porque tem que ter no mínimo 20 dias para que setores extremamente importantes se planejem", explicou.
O ministro enfatizou a importância de garantir a previsibilidade para os diferentes setores da economia que serão impactados pela medida. "A importância maior do horário de verão é entre 15 de outubro e 30 de novembro", concluiu o ministro.
O que é o horário de verão?
Instituído pela primeira vez em 1931, o horário de verão foi adotado de forma sistemática a partir de 1985 para aproveitar a iluminação natural durante os dias mais longos do verão, com o objetivo de economizar energia e evitar apagões. O mecanismo foi suspenso em abril de 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, que alegou mudanças nos padrões de consumo e avanços tecnológicos como justificativa.
Com informações da Agência Brasil.
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