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Após derrota, Pablo Marçal promete apoio a Nunes se propostas forem aceitas

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo do PRTB, Pablo Marçal, sinalizou apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) para o segundo turno, mas estabeleceu condições. Marçal declarou que enviou uma mensagem parabenizando e que está disposto a apoiar sua reeleição, desde que Nunes se comprometa com algumas de suas propostas de campanha.

A disputa para a prefeitura de São Paulo foi uma das mais acirradas, com Nunes à frente por uma margem apertada de menos de um ponto percentual em relação ao segundo colocado, Guilherme Boulos (PSOL), e Pablo Marçal ocupando a terceira posição, a uma diferença de menos de 60 mil votos para Boulos.

Divulgação
Após derrota, Pablo Marçal promete apoio a Nunes se propostas forem aceitas

A declaração de Marçal veio após a apuração dos votos que o deixaram fora do segundo turno. Após uma disputa acirrada no primeiro turno das eleições municipais de São Paulo, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) irão se enfrentar no segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. Nunes obteve 29,49% dos votos válidos, enquanto Boulos alcançou 29,06%. O terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), ficou com 28,14% dos votos.

Marçal deixou claro, durante entrevista em frente à sua casa, no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo, que seu apoio a Ricardo Nunes dependerá das respostas do prefeito a suas propostas, como a implementação do empreendedorismo nas escolas públicas e a criação de escolas olímpicas em São Paulo. "Ele pegou pesado comigo durante a campanha, foi muito injusto. Mas se ele considerar as minhas ideias, a gente pode conversar numa boa", afirmou Marçal.

O ex-candidato disse que não busca cargos no governo e que seu apoio está diretamente relacionado ao compromisso de Nunes com o empreendedorismo e o esporte nas escolas. "Nunes sabe que, da minha parte, não precisa de cargo, não precisa de absolutamente nada", declarou.

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos disputam 2º turno

Boulos, que já havia disputado um segundo turno em 2020, apresenta um plano de governo focado na segurança pública. Ele propõe dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), atualmente com cerca de 7 mil agentes, e sugere a instalação de uma viatura da GCM em cada escola municipal. Além disso, pretende fortalecer a patrulha dedicada ao combate à violência contra a mulher.

Nunes, que assumiu a prefeitura após a morte de Bruno Covas em 2021, também visa aumentar a Guarda em 2 mil agentes e promete modernizar equipamentos e oferecer treinamento contínuo aos agentes. Além disso, planeja reorganizar a estrutura da GCM para garantir maior presença nas periferias da cidade.

A eleição para a prefeitura de São Paulo é estratégica, não apenas por ser a maior cidade do Brasil, mas também por influenciar as próximas eleições presidenciais em 2026. Boulos, como representante da esquerda, busca retomar o comando da cidade, enquanto Nunes, apoiado por figuras influentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, tenta consolidar seu governo .


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