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Dia do Radialista: comunicador sempre próximo às comunidades

Nesta quinta-feira (07) é celebrado o Dia do Radialista. A comemoração deste dia iniciou-se em 1943, ainda no primeiro governo de Getúlio Vargas, quando o então presidente sancionou uma lei em que fixava um piso salarial, ou remuneração mínima para os profissionais da categoria. A data, 21 de setembro, passou a ser comemorada em alusão ao histórico decreto. Consta que a Rádio Nacional do Rio de Janeiro foi quem realizou as primeiras comemorações para o Dia do Radialista, ainda na década de 1940.

Em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou a Lei nº 11.327, que institui 7 de novembro como data de comemoração oficial do Dia do Radialista. A mudança aconteceu em decorrência a uma homenagem ao músico e radialista Ary Barroso, que nasceu em 7 de novembro de 1903, em Ubá, interior de Minas Gerais. Autor de sambas como “Aquarela do Brasil”, de 1939, foi um dos compositores que revolucionou a música brasileira.

Muitas pessoas podem até achar que o rádio é coisa do passado, porém, segundo uma pesquisa sobre a audiência do rádio, realizada por uma empresa especializada em monitoramento de mídia, apontou que 83% da população brasileira escuta rádio. O jornalista e educador Iraildon Mota é um entusiasta desse meio de comunicação, e lembra que, para que o rádio aconteça, é necessária uma peça principal: o comunicador, popularmente chamado de radialistas profissionais. É esse profissional que tem a função e a responsabilidade de levar as informações à comunidade.

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“A consistência e a resistência diante de tantas outras tecnologias e inovações ligadas à mídia, de modo geral, vem muito desse processo de formação e resistência dos comunicadores, dos radialistas profissionais. Ele é importante não somente por ser um profissional da comunicação, mas porque o rádio tem uma particularidade, que é falar muito próximo da sua comunidade, e quando o radialista profissional consegue entender essa dinâmica, essa responsabilidade, o rádio se torna efetivamente uma mídia que não se curva diante das outras e, por isso, se mantém ativo”, comenta.

Rádio e radialista se misturam em uma perspectiva de resistência às novas tecnologias. Para isso, meio de comunicação e profissional precisaram se adaptar às diversas possibilidades de se comunicar com a massa, mas, claro, sem perder sua principal função, que é atender a comunidade. “Nesse fast food de mídias à disposição da população, diante da tecnologia e inovação, o rádio é o que mais tem se adaptado às questões tecnológicas”, cita.

Entretanto, Iraildon Mota enfatiza que há uma necessidade de os radialistas se profissionalizarem e ocuparem melhor os espaços no mercado de trabalho. Segundo ele, o comunicador radialista está muito focado no veículo em si e em ter um emprego, e isso fragiliza as possibilidades de que esse profissional ofereça mais para essa emissora.

Quando esse comunicador se entende apenas como um ‘apertador de botão’ ou alguém que só fala ao microfone, as rádios perdem em audiência, em alcance, em respeitabilidade, em credibilidade e em receita

Iraildon Motajornalista e educador

O jornalista destacando que, para que o rádio consiga aumentar seu ganho publicitário no mercado brasileiro, é preciso investir na qualificação desse profissional.

Apesar dos desafios, Iraildon Mota enfatiza a importância do radialista na informação e formação da sociedade. Ele acrescenta que os profissionais devem ter consciência do seu papel nos veículos de comunicação, no processo de produção das informações e em como esse conteúdo é repassado.

Arquivo pessoal
O radialista Iraildon Mota, um entusiasta do rádio, diz que é preciso mais investimento no setor

“Não tem como o rádio evoluir apenas com uma antena, ele precisa de um bom comunicador, com um papel fundamental para a sociedade, que vai além de informar. O radialista precisa inconformar e formar as pessoas que vão lhe ouvir. Sou otimista com relação à profissão, e não adianta formar um comunicador se ele será apenas um apertador de botões ou só vai para a frente de um microfone falar alguma coisa. Ele tem que ter um papel social e saber das consequências daquilo que resolveu falar”, complementa.


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