A locação de imóveis faz parte da cultura do brasileiro, especialmente daqueles que buscam a geração de renda passiva sem fazer muito esforço. Entretanto, nos últimos anos a democratização do acesso de pessoas físicas à Bolsa de Valores permitiu que a população tivesse novas alternativas de investimento. Antes de mais nada, lembro a vocês que estes artigos não são recomendações de investimento.
Nesse cenário, os Fundos Imobiliários surgem como alternativa para quem quer investir no mercado imobiliário, mas não necessariamente possui recursos suficientes para a compra de um imóvel. Na prática, esses ativos permitem que você compre partes de imóveis por meio de cotas que podem ser negociadas na Bolsa. Atualmente, é possível investir nos FIIs, como são conhecidos, com menos de R$ 10.
Os fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou.
Em uma simulação comparativa, realizada pela Santander Corretora, o retorno gerado pelo aluguel e os ganhos dos Fundos Imobiliários, os FIIs apresentam vantagens em termos de custos e impostos. Além disso, têm mais liquidez que uma casa ou apartamento, ou seja, se o investidor precisar do dinheiro consegue negociar as cotas mais rapidamente do que em uma venda de imóvel.
Na simulação, com aplicação inicial de R$ 300 mil, o rendimento líquido, sem custos e impostos, dos fundos imobiliários chega a R$ 89,1 mil em três anos. Neste mesmo período, o rendimento líquido de um apartamento de mesmo valor, com aluguel mensal de R$ 1.970,00, é de R$ 11,5 mil.
Quando um indivíduo compra um imóvel ele precisa pagar Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), escritura, registro, em alguns casos taxa de corretagem. Da mesma forma, ao decidir alugar esse imóvel pode ser necessário fazer reformas e/ou contratar os serviços de uma imobiliária. Em contrapartida, ao decidir investir em fundos imobiliários os custos são bem menores. Além disso, a renda gerada por meio dos dividendos é isenta de Imposto de Renda.
OPINIÃO DO AUTOR: se você possui o valor para comprar um imóvel, o estudo mostra que investir em Fundos Imobiliários é mais vantajoso, pois além da possibilidade de diversificar esse valor em diversos imóveis, você recebe dividendos isentos de IR todos os meses. E mais, em caso de desistência, você pode vender suas cotas de forma fácil e rápida dentro da sua corretora.
Por outro lado, em uma negociação de compra/venda/aluguel de imóvel, além de conter diversas taxas e impostos, você “perde” o acesso ao valor referente à aquisição. E em caso de desistência, a burocracia e demora para vender esse imóvel são pontos relevantes que devem ser considerados.
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E aí turma, já investe no mercado imobiliário? Qual ativo você achou mais interessante?
Ficou alguma dúvida ou tem uma ideia de tema para tratarmos aqui? Envia um e-mail para nordman@live.com, será um prazer trocarmos essa ideia. Nos vemos na próxima Terça. FUI!