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Selic sobe 0,75 ou 1 ponto? Copom decide em quanto elevará juros básicos nesta quarta-feira (11)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (11) para definir o novo patamar da taxa Selic, em sua última decisão do ano. A expectativa gira em torno de uma alta de 0,75 ou 1 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros para 12% ou 12,25% ao ano. Esta também será a última reunião sob a presidência de Roberto Campos Neto, que passará o comando da autoridade monetária a Gabriel Galípolo em janeiro.

Marcelo Casal / Agência Brasil
Selic sobe 0,75 ou 1 ponto? Copom decide em quanto elevará juros básicos nesta quarta-feira (11)

A taxa Selic, principal instrumento do Banco Central para controle da inflação, tem sido ajustada consecutivamente nas últimas reuniões. Após dois aumentos, de 0,25 ponto em setembro e de 0,50 ponto em novembro, a alta acumulada reflete a estratégia para conter a pressão inflacionária, que persiste acima do teto da meta. Segundo o IPCA, índice oficial de inflação, os preços subiram 4,87% em 12 meses, acima dos 4,5% estabelecidos como limite superior para 2024.

Conforme o boletim Focus, que reúne as projeções de mercado, a maior probabilidade é de um ajuste de 0,75 ponto percentual. Entretanto, pesquisa da Reuters aponta que operadores de mercado atribuem 71% de chance a uma elevação de 1 ponto percentual. A decisão será anunciada no final do dia e deverá considerar fatores como o aumento recente do dólar, a inflação persistente e a conjuntura fiscal.

O aumento da Selic busca controlar a demanda, encarecendo o crédito e incentivando a poupança, mas também pode desacelerar a economia. Desde agosto de 2021, quando a taxa estava em 13,75%, o Copom tem adotado uma política de ajustes conforme o cenário inflacionário. Decisões mais recentes apontam para uma postura contracionista em resposta às incertezas domésticas e externas.

Meta

Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4,31%, mas a estimativa foi divulgada antes da alta recente do dólar e do impacto da seca. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

Com informações da Agência Brasil


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