Eronildes Alves de Carvalho, avó de Agnes Carvalho de Moura e mãe de Francisca Maria de Carvalho, não descarta que o envenenamento das familiares possa ter sido uma tentativa de homicídio. As informações foram dadas ao PortalODia.com nesta segunda-feira (10).
“Eu simplesmente estou sabendo que foi envenenamento por conta da constatação médica, mas eu ainda não suspeito de nada. Não podemos julgar ninguém, mas se foi o caso de alguém que tentou homicídio, ele (o crime) vai ser desvendado. Eu creio na justiça de Deus ou do homem”, disse.
Na última quarta-feira (05), mãe e filha deram entrada no Hospital Tibério Nunes, em Floriano, Sul do Piauí. Informações dão conta que as vítimas comeram um peixe, logo em seguida, a menina havia ido ao banheiro, sendo encontrada momento depois no chão, desacordada e com um líquido escorrendo pelo nariz.
Ambas foram socorridas pelo pronto atendimento, mas Agnes Carvalho, de cinco anos, não resistiu e morreu. Francisca Maria está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.
Ainda segundo Eronildes Alves, por volta do meio-dia desse domingo (09), Francisca Maria de Carvalho teve hemorragia pela boca. A equipe médica prontamente foi acionada e conseguiu conter o sangramento.
“Não tem nada bem. Eles pegaram o sangue da hemorragia de ontem e mandaram pro laboratório para saber as causas da onde que veio essa hemorragia. Só às 18h de hoje vamos ter um diagnóstico do que aconteceu”, afirmou.
Questionada sobre como era a relação com a neta, Agnes Moura, e a filha, Francisca Maria, Eronildes destacou que era um relacionamento de amor e fraternidade.
“A minha convivência era um relacionamento que não era como neta, mas sim como filha. Meu relacionamento com a Francisca era ótimo. Nós éramos amigas, companheiras, mãe e filha. É de se impressionar sobre algo que existiu”, relatou.
Menina extrovertida
A avó, que mora em Brasília (DF), informou que foi comunicada por terceiros acerca do ocorrido com as familiares. Ela frisou que a Agnes era uma menina doce e muito gentil.
“Minha neta era muito carinhosa, muito amorosa, estudiosa e extrovertida. Era uma menina que toda noite, antes de dormir, ela mandava um áudio que me amava e para outros parentes também. Ela disse que queria morar em Brasília também. A gente tem uma imagem dela de uma menina de cinco anos com a mentalidade de uma adolescente”, argumentou.
Polícia investiga o caso
A perícia criminal foi acionada para fazer a perícia na residência das vítimas e coletou um líquido suspeito para submetê-lo a análise. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que abriu um inquérito para apurar o que aconteceu. As investigações estão em andamento e quatro testemunhas já foram ouvidas, dentre elas a pessoa que recebeu a mãe e a criança no hospital quando elas deram entrada.
Com edição de Nathalia Amaral.