Neste dia 15 de junho completa quatro meses da morte trágica do atleta Lívio Claudener, de apenas 15 anos, que se afogou nas águas da Barragem do Bezerro, em José de Freitas, enquanto ele e outros atletas treinavam canoagem. A dor da perda, misturada com o receio dos canoístas em retornar às águas, fez com as atividades da Associação Iporanga de Canoagem - onde Livio treinava - ficassem paradas por esses quatro meses.
Em abril, o projeto já havia reiniciado com atividades físicas, em solo. Ao O Dia conversou com o presidente da associação, Edivan Lopes, que afirmou que esta retomada tem sido difícil por conta do medo de alguns dos atletas em voltar aos treinos com água.
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Porém, treinadores, atletas e os familiares têm procurado buscar uns nos outros a força e a coragem para manter o projeto em funcionamento. “Não é fácil para ninguém. A gente percebe que ainda há um pouco de receio por parte dos alunos. Mas a gente enfrenta isso com confiança. Sabemos que passamos por um momento difícil, mas estamos superando junto e a gente busca apoio um no outro”, conta.
Antes do acidente, mais de 50 adolescentes participavam do projeto. Após o ocorrido, o número de interessados em aprender a canoagem caiu para 28 inscritos. E só 22 estão frequentando regularmente as atividades. Para os que permaneceram, a memória do jovem e promissor atleta é um incentivo.
Treinos na Barragem do Bezerro voltam com medidas de segurança
Para garantir a segurança dos atletas, foram implementadas medidas de segurança para os treinos na barragem. Os canoístas fizeram um treinamento com o Corpo de Bombeiros, que contou com a participação dos alunos e professores. Além disso, foi realizado também um treinamento sobre como proceder com as canoas em caso de o equipamento virar na água. Foi orientado ainda que, em dias com o tempo fechado, seja evitada a prática de canoagem na barragem.
Relembre o caso
Lívio Claudener tinha 16 anos e era atleta de canoagem de velocidade na categoria cadete. Em 2022 e 2023 ele participou de diversas competições a nível estadual e nacional representando o Piauí e havia conquistado medalhas de prata e bronze.
O atleta estava ganhando notoriedade no cenário brasileiro da canoagem de velocidade Lívio foi o único dos quatro atletas que não conseguiu se salvar após as canoas em que treinavam virarem com a forte chuva que atingiu José de Freitas em fevereiro deste ano. Ele e seus colegas estavam na companhia do treinador Diego Viana quando foram surpreendidos por um vento intenso que criou ondas na lâmina d’água e fez seus equipamentos virarem.
Os demais atletas – Pedro Henrique, Luís Neto, Raimundo Neto e Ariel, conseguiram nadar até a margem com o treinador. Mas Lívio acabou sendo levado pela correnteza e desapareceu nas águas da barragem pouco depois. Populares que testemunharam o ocorrido se mobilizaram para procurar o atleta e uma guarnição dos Bombeiros foi acionada, mas as buscas oficiais só começaram na manhã seguinte devido à pouca luminosidade durante a noite.
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