O promotor de Justiça Maurício Verdejo Gonçalves Júnior foi afastado de suas funções pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) após ser acusado de extorquir um empresário em Picos, comarca na qual atuava. Verdejo é alvo de uma investigação da Polícia Federal, no âmbito da Operação Iscariotes, que apura cobrança de propina para arquivamento de processos judiciais.
Segundo a Polícia Federal, o titular da 6ª Promotoria Criminal de Picos teria pedido R$ 3 milhões a Junno Pinheiro Campos de Sousa para arquivar um processo de investigação contra o empresário. Em cumprimento a mandado judicial, a PF apreendeu R$ 900 mil, bens e documentos na casa de Maurício Verdejo.
Além da investigação criminal, o promotor do MPPI também está respondendo a uma reclamação disciplinar que foi instaurada pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Em decisão proferida ontem (08), o conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa determinou o afastamento de Maurício Verdejo de suas funções por 90 dias. Além disso, o CNMP proibiu o promotor de acessar qualquer um dos prédios e instalações do Ministério Público Estadual do Piauí, exceto para participar em atos instrutórios determinados pela Procuradoria Geral de Justiça ou pela Corregedoria Geral.
O ente ministerial informou ainda que a Corregedoria-Geral fará correição extraordinária na 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Picos, da qual Verdejo é titular, e em outras Promotorias na qual ele tenha atuado nos últimos anos.
Em nota, o MPPI disse que “está cumprindo todas as decisões expedidas pelo CNMP e reafirmou o compromisso com aplicação da lei, o esclarecimento dos fatos e a apuração de responsabilidades”.
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