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Sesapi investiga suspeita de raiva em homem após ataque de macaco sagui

Um homem de 56 anos está internado com encefalite após ter sido atacado por um um macaco ‘sagui’ na zona rural de Piripiri. O caso está sendo investigado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) do Piauí, que suspeita que o homem tenha contraído o vírus da raiva.

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Homem foi atacado por macaco sagui na zona rural de Piripiri

O incidente ocorreu em 15 de julho, mas o paciente não procurou atendimento médico imediatamente. Somente em 6 de agosto ele começou a apresentar sintomas como vômito, aumento de saliva e desmaios frequentes, sendo levado ao Hospital Regional Chagas Rodrigues em 12 de agosto, e posteriormente transferido para o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina, onde está atualmente internado.

As amostras do paciente foram enviadas ao Instituto Pasteur, em São Paulo, para análise e confirmação do diagnóstico. A Sesapi, seguindo orientações do Ministério da Saúde, acionou a Secretaria de Saúde de Piripiri para um levantamento da cobertura vacinal de cães e gatos na região, mesmo que o caso envolva um macaco. A entidade orientou ainda a saúde local a investigar, junto à família, as circunstâncias em que o incidente aconteceu, bem como orientar sobre a doença.

O que é a raiva?

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave que afeta mamíferos, incluindo seres humanos. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, pertencente à família Rhabdoviridae. A doença é caracterizada por uma encefalite progressiva e aguda, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 100% uma vez que os sintomas aparecem, o que significa que é quase sempre fatal se não tratada a tempo.

A raiva é transmitida ao homem principalmente pela mordida de animais infectados, mas também pode ocorrer por arranhaduras ou lambeduras em pele lesionada. O vírus é encontrado na saliva do animal infectado e, ao entrar no corpo humano, se propaga através dos nervos até o cérebro, onde causa a encefalite.

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A raiva é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus

O período de incubação da doença, ou seja, o tempo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos sintomas, pode variar de dias a anos, sendo em média de 45 dias nos seres humanos. A proximidade da mordida ou arranhadura ao sistema nervoso central pode influenciar na rapidez com que os sintomas aparecem.

Os sintomas iniciais da raiva incluem febre, dor de cabeça, e fraqueza, seguidos por sinais mais graves como confusão, agitação, alucinações, hidrofobia (medo de água), e paralisia. Sem tratamento imediato após a exposição ao vírus, a raiva evolui rapidamente para o coma e morte.

A prevenção da raiva é feita principalmente pela vacinação de animais domésticos, como cães e gatos, além de evitar contato com animais silvestres. Em caso de mordida ou arranhadura por um animal potencialmente infectado, é necessário procurar atendimento médico imediatamente para a administração da vacina antirrábica e, se necessário, o soro antirrábico.


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