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Vereador chama agente de saúde de “vagabunda, negra e irresponsável” em Pedro II; ouça áudio

Um áudio que circula nas redes sociais em que uma agente de saúde é ofendida com ataques racistas e misóginos está sendo atribuído a um vereador de Pedro II. A agente de saúde, identificada como Lenir Chaves, é xingada de “vagabunda, negra e irresponsável”. O áudio teria sido supostamente enviado pelo vereador Joaquim Neto (Progressistas).

Reprodução/Whatsapp
Vereador Joaquim Neto teria ofendido agente de saúde de Pedro II

No suposto áudio, que tem circulado nas redes sociais desde ontem, o homem expressa sua insatisfação, alegando que a agente não o apoiou durante a campanha eleitoral. Ele também acusa a agente de saúde de ter “vendido seu voto”.

“Lenir, se você fosse mulher de origem, você conversava comigo. Você se vendeu covardemente. Eu era seu amigo, era a pessoa que tinha a maior atenção com você. Você na campanha vendeu, não votou para mim. Eu deixei pra lá, você para mim é uma vagabunda, sem vergonha, se vendeu por dinheiro [...] Você não presta não, Lenir. Você é vagabunda daquelas que nunca vai prestar. Quem é você, Lenir? É uma negra. Irresponsável, porque não soube reconhecer o que eu fiz por você, vagabunda.”, diz o áudio.

Ouça o áudio:

De acordo com informações apuradas pelo O DIA, Lenir trabalhava com o vereador Joaquim Neto e saiu após Esmaela Macêdo se candidatar a vereadora em 2020. Ambos os vereadores são da base da prefeita Betinha Brandão (PSB).

Após as ofensas, Lenir Chaves entrou com ação judicial por calúnia, misoginia e racismo. “Já estão sendo tomadas as providências jurídicas onde o agressor será representado criminalmente por racismo, injúria e responderá também pelos atos de misoginia. Assim como será pleiteada a devida Ação de Indenização pelos Danos Morais sofridos pela vítima e sua família”, disse a advogada da agente de saúde por meio de nota. 

O DIA tentou contato com o vereador Joaquim Neto, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. Já o presidente da Câmara Municipal de Pedro II, Carlos José, preferiu não se posicionar sobre o assunto.