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Coreia do Norte explode estradas em direção ao Sul; saiba o motivo

Nesta terça-feira (15), a Coreia do Norte destruiu trechos de estradas e ferrovias que conectam o país à Coreia do Sul. Essa ação, conforme relatado pelo Estado-Maior da Coreia do Sul, ocorreu por volta do meio-dia (horário local) e levou os militares sul-coreanos a disparar tiros de advertência. Essa destruição marca uma escalada significativa nas tensões que têm crescido entre as duas Coreias.

Reprodução
Coreia do Norte explode estradas em direção ao Sul; saiba o motivo

A Coreia do Norte tem cortado laços intercoreanos e se isolado cada vez mais em relação à Coreia do Sul. As relações foram particularmente tensas após a Coreia do Norte acusar seu rival de enviar drones sobre Pyongyang, alegando que os drones espalharam panfletos anti-Norte, considerados provocativos. Além disso, a Coreia do Sul e os EUA realizaram o maior exercício militar conjunto em agosto, o que intensificou ainda mais as preocupações de segurança em Pyongyang.

O porta-voz do ministério, Koo Byoung-sam, caracterizou o ato como “altamente anormal”, lamentando que a Coreia do Norte repetidamente execute esse tipo de comportamento regressivo. O aumento das hostilidades também é evidente no bloqueio das conexões rodoviárias e ferroviárias, o que foi anunciado pelo Exército norte-coreano em 9 de outubro. As autoridades sul-coreanas já haviam alertado que a Coreia do Norte estava se preparando para uma detonação, o que se confirmou com as explosões.

As explosões ocorreram principalmente em duas importantes rotas que ligam o Norte e o Sul, a linha Gyeongui, na costa oeste, e a linha Donghae, na costa leste. Embora a destruição dessas rotas de viagem não tenha um impacto prático significativo, dado que já estavam inativas há anos, o simbolismo da ação é importante em um momento de retórica acirrada entre os líderes das duas Coreias.

Neste contexto de crescente hostilidade, a Rússia também anunciou uma aliança militar com a Coreia do Norte, o que poderá ter implicações significativas para a segurança na região. As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde a Guerra da Coreia, que terminou em um armistício em 1953, sem um tratado de paz formal. Enquanto isso, as ações da Coreia do Norte representam um retrocesso nos esforços de diálogo e reconciliação que foram promovidos em cúpulas anteriores, incluindo a de 2018, quando os líderes das duas Coreias prometeram um caminho em direção à paz.


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